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Mulher é resgatada pela PM antes de ser morta por "tribunal do crime" em SP

Olga Bagatini

Colaboração para o UOL

20/09/2018 17h48Atualizada em 20/09/2018 22h45

Uma mulher foi resgatada pela Polícia Militar na madrugada desta quinta-feira (20) em Guarujá, no litoral de São Paulo, após ser mantida em cativeiro por traficantes. Segundo o relato da jovem às autoridades, ela foi sequestrada por ter apresentado aos criminosos da cidade um homem que, posteriormente, comprou 180 kg de maconha e não pagou. Sem conseguir localizar o devedor, o tráfico acionou o "tribunal do crime" de uma facção criminosa contra a vítima, que foi condenada à morte pelo grupo.

Segundo o 2° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), ela seria assassinada nesta manhã, não fosse o resgate. Seguindo as pistas de uma denúncia anônima sobre tráfico de drogas, a polícia entrou na área de manguezal da comunidade da Prainha e viu um grupo de cerca de oito homens armados fugir em disparada de um bar.

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Como a senhora responsável pelo estabelecimento aparentava nervosismo, segundo a PM, os policiais decidiram investigar o local em busca de drogas e acabaram encontrando o cômodo onde a mulher estava confinada. Ela chorou, pediu para ser salva e mostrou muito alívio com a chegada da equipe policial, conforme informou o Baep.

Por estar com a perna quebrada desde antes do sequestro, a jovem não estava amarrada. Ela contou às autoridades que a ordem para matá-la já havia sido dada e que os bandidos apenas aguardavam a chegada do barco que levaria o grupo ao local do crime. Enquanto esperavam o momento, os bandidos ouviram a aproximação dos policiais e fugiram.

No local, foi encontrada uma dezena de galões de gasolina, que a PM acredita que seriam usados para queimar o corpo da vítima.

Segundo o Baep, a resgatada já entrou no Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas (Provita). Já a responsável pelo bar foi presa como cúmplice de tentativa de homicídio e cárcere privado.