"Só vi o fogo vindo para cima de nós", diz ferido em queda de avião em SP
O motorista Selmo Eugênio da Silva, de 44 anos, foi um dos feridos em solo pela explosão do avião de pequeno porte modelo Cessna C-210, que caiu pouco depois de decolar do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (30). O acidente deixou ao menos dois mortos (o piloto do avião, Guilherme Murback, 26, e o copiloto, Leonardo Imamura, 43) e 13 feridos, segundo o Corpo de Bombeiros.
Selmo diz trabalhar para um aplicativo de transportes e levava um passageiro, quando o carro em que estava foi atingido pelas chamas causadas pela explosão do avião. "Eu estava parado no trânsito ali, aí só vi o fogo vindo para cima de nós, ouvi o estrondão. Vi o rapaz se queimando e eu tentando sair, mas não conseguia por causa do cinto. Pensei que tinha sido uma batida, aí quando sentei que vi um rapaz todo queimado, me falaram que foi um avião, eu não acreditei. Vi que Deus me salvou", explicou.
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Selmo foi atendido pelos bombeiros que faziam o trabalho no local e teve o braço direito enfaixado. "Eles quiseram me levar para o hospital, mas estou bem", disse. Segundo ele, o passageiro que levava foi encaminhado a um dos hospitais. "O passageiro se queimou muito. Eles levaram o rapaz", explicou. O Corpo de Bombeiros informou que, além dos dois mortos, 13 pessoas ficaram feridas, sendo que seis delas foram levadas para hospitais da região.
O acidente com a aeronave modelo Cessna C-120 ocorreu na rua Antonio Nascimento Moura, no bairro de Santana. A aeronave caiu sobre ao menos três casas próximo ao aeroporto do Campo de Marte. Segundo o tenente André Elias, do Corpo de Bombeiros, veículos também foram atingidos -- entre carros e caminhões.
A aeronave decolou do Campo de Marte às 15h55 e caiu logo em seguida, fora da área do aeroporto. O avião tinha prefixo PR-JEE, com capacidade para seis pessoas, e, segundo o sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), trata-se de um monomotor de pouso convencional de 1.724 quilos, de propriedade de Fernando Matarazzo.
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