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Secretaria de Meio Ambiente suspende atividades da Vale em Brumadinho (MG)

25.jan.2019 - Imagem aérea da lama que se espalhou pela região de Brumadinho (MG) após rompimento uma barragem da mineradora Vale - Reprodução/TV Globo
25.jan.2019 - Imagem aérea da lama que se espalhou pela região de Brumadinho (MG) após rompimento uma barragem da mineradora Vale Imagem: Reprodução/TV Globo

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

26/01/2019 03h03Atualizada em 26/01/2019 08h47

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais determinou a "suspensão imediata" de todas as atividades da Vale em Brumadinho (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, a cerca de 60 km da capital. A decisão foi tomada em reunião extraordinária no fim da noite desta sexta-feira (25), na sede do órgão, na capital do estado.

A determinação contra a Vale ocorre cerca de 12 horas após o rompimento da barragem da Mina do Feijão, que derramou de cerca de 3 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro. Cerca de 300 pessoas estão desaparecidas e nove mortes já foram confirmadas oficialmente até o momento. Procurada, a Vale afirmou que não irá comentar a decisão.

O órgão ainda responsabilizou oficialmente a ANM (Agência Nacional de Mineração) pela fiscalização da segurança da barragem da Vale e determinou a abertura de um canal onde o acúmulo de sedimentos interrompeu o fluxo natural do rio Paraopeba. Também foi determinado o rebaixamento do nível do reservatório de outra barragem no local.

"Ainda conforme a lei, a responsabilidade pela operação adequada das estruturas é do empreendedor", diz o órgão.

No período da tarde, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que a prioridade do governo estadual era impedir o rompimento de outra barragem do complexo de mineração da Vale em Brumadinho.

Mapa Brumadinho  - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Retirada de rejeitos e fiscalização

O órgão explicou ainda no comunicado que a barragem que se rompeu operava desde meados dos anos 1970 e estava licenciada. Desde 2015, porém, a barragem não recebia mais rejeitos.

O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse em coletiva na tarde de sexta (25) que em, 26 de setembro de 2018, a estabilidade da barragem na Mina Feijão foi atestada em auditoria da empresa alemã Tüv Süd e que uma leitura dos monitores feita no último dia 10 não mostrou irregularidades.

Também disse que o rejeito era composto de sílica e que a capacidade da barragem era de 12 milhões de metros cúbicos.

Em dezembro de 2018, a empresa solicitou licença ambiental para desativar a estrutura, aprovada pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental).


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