Mulher que pensava esperar 2 bebês leva susto no parto: eram trigêmeas
Grávida de primeira viagem, a jovem Tainan de Sousa Santos, 21, teve um susto durante o parto ao descobrir que seria mãe de trigêmeas. Durante o pré-natal, as ultrassonografias mostravam que ela esperava dois bebês.
"Fiz o pré-natal direitinho e toda vez o médico dizia que o tamanho da minha barriga era normal, pois eram dois bebês. Nunca imaginamos que viriam três e todas da mesma placenta", conta a mulher, que deu à luz em uma maternidade de Teresina. Mãe e as três filhas passam bem.
Mudança de maternidade
Tainan entrou em trabalho de parto com 34 semanas de gestação e teve as trigêmeas de parto normal na madrugada da última sexta-feira (12), na maternidade Evangelina Rosa, na capital piauiense.
Ela relembra que, quando as dores do parto começaram e a bolsa se rompeu, por volta das 23h da última quinta (11), o marido, Wanderson Santos, a levou de Pedro II para o município vizinho de Piripiri. Lá, o casal foi orientado a ir para Teresina - a 203km -, porque a maternidade local não teria estrutura para um parto de gêmeos.
A descoberta das trigêmeas ocorreu na sala de parto, após o nascimento da segunda criança.
"Não demorou muito para elas nascerem. A primeira foi às 5h11, a segunda às 5h23 e a terceira, às 5h31. Quando nasceram duas, eu continuei a sentir dor e a equipe pensou que estivesse expelindo a placenta. Mas a médica olhou e viu o pé da minha filha e falou que vinha mais outro bebê. Fiquei assustada, mas muito feliz", conta Tainan.
A primeira a nascer foi Izabel, pesando 1,57 kg; a segunda foi Eloá, com 1,54 kg e a terceira foi Eloíza, com 1,65 kg. As meninas disputam o leite da mãe e recebem reforço de leite humano do banco de leite da maternidade. Apesar de prematuras, elas não precisaram ir para a incubadora e estão internadas apenas para ganhar peso e devem receber alta quando chegarem aos 2 kg.
Com apenas quatro dias de vida, as trigêmeas causam confusão na identificação. Tainan relata que só sabe qual filha é qual devido às pulseiras da maternidade. "Até agora não achei nada que as diferencie, elas são idênticas! Depois que elas receberem alta, vou colocar uma pulseira com nome para não trocar", diz.
Ajuda da família
Tainan engravidou de forma natural, sem inseminação artificial, e as filhas são univitelinas (foram geradas de um mesmo óvulo). Ela conta que não se preparou para receber as filhas este mês e que as trigêmeas têm um só berço, já que o restante do enxoval seria comprado em maio, mês em que completaria 40 semanas de gestação e para quando o parto estava previsto.
"Meu marido está desempregado e eu sou dona de casa. Não tínhamos nos preparado porque o parto era para dia 27 de maio. Até lá esperávamos que ele arrumasse algum emprego para comprar as coisinhas da gêmeas, agora com três não sabemos como vai ser. Temos um berço porque íamos colocar duas, mas três fica apertado", relata a mãe.
Tainan contará com ajuda do marido, da mãe, da sogra e de amigas para cuidar das trigêmeas. "A gente não para aqui na maternidade e recebe ajuda das enfermeiras. Em casa, vamos fazer um esquema para todos me ajudarem, pois não temos condição de contratar babá."
A Evangelina Rosa é a segunda maior maternidade pública do Nordeste em atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) - atrás apenas do IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), no Recife - e é referência em casos de alta complexidade.
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