Homem diz ter matado menina de 6 anos no litoral de SP por "vingança"
Preso em flagrante na tarde de ontem em Mongaguá, litoral de São Paulo, o morador de rua Rodrigo de Paula Sales, 28, disse em depoimento que matou Kauane Cristhiny Soares Rodrigues, 6, por "vingança". A informação é da Polícia Civil da cidade, que pediu à Justiça a prisão temporária do suspeito por mais 30 dias.
Kauane estava desaparecida desde a madrugada do dia 17, quando sua mãe, Diana Soares de Lira, notou a sua falta na cama onde dormia. Após seis dias de buscas, o corpo da menina foi localizado com a ajuda de cães farejadores na tarde de ontem em uma vala, a poucas quadras de casa.
Conforme apurado pela polícia, Sales participou de uma festa no último dos três pisos do prédio ocupado pela família, onde antes funcionava um restaurante, na noite e madrugada do desaparecimento. Ele fazia bico na avenida em frente como cuidador de carros dos turistas e era conhecido dos moradores da casa, onde costumava pedir comida e roupas e tomar banho.
O suspeito disse que, naquela madrugada, após ter bebido e se desentendido com a mãe da criança, levou a menina consigo ao deixar a casa, sem que ninguém percebesse.
"Ela tinha um sono profundo, conforme a mãe já havia nos relatado, e não acordou", diz o delegado titular do 2º Distrito Policial da cidade, Francisco Antonio Wenceslau.
As razões sobre o possível desentendimento ainda não estão claras para a polícia.
O delegado diz que Sales chegou a ser ouvido no dia 17, assim como familiares e outras pessoas que estavam presentes na confraternização. Mas que, a princípio, nada o ligava ao sumiço da garota.
Ontem, cães especializados na busca por pessoas desaparecidas acabaram levando os investigadores até o local onde o suspeito dormia. Ele acabou, então, confessando o crime e indicando o local onde teria ocultado o corpo.
Causa da morte
Exames realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) de Mongaguá devem revelar nos próximos dias a causa da morte de Kauane.
Sales disse à polícia ter estrangulado a menina - o que, segundo o delegado, não pôde ser verificado de imediato devido ao estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado.
Os exames também devem apontar se o suspeito violentou a vítima. À polícia, Sales nega ter abusado da criança.
O corpo de Kauane deve ser liberado pelo IML ainda hoje para a realização do velório e sepultamento.
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