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Justiça autoriza prisão de mais de 50 integrantes do PCC em São Paulo

Ministério Público realizou operação hoje contra vários integrnates do PCC; investigadores apontam apreensão de R$ 1 milhão em dinheiro vivo - Divulgação/MP-SP
Ministério Público realizou operação hoje contra vários integrnates do PCC; investigadores apontam apreensão de R$ 1 milhão em dinheiro vivo Imagem: Divulgação/MP-SP

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

03/05/2019 10h10Atualizada em 03/05/2019 15h47

Integrantes da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) são alvos de mandados de prisão hoje na capital e em outras cidades do estado de São Paulo. Segundo o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), mais de 50 mandados de prisão foram autorizados pela Justiça paulista.

As ações ocorrem com o apoio da Polícia Militar dentro da Operação Jiboia. Na operação, o MP diz que foi apreendida "a contabilidade dos negócios criminosos". Os investigadores apontam o recolhimento de R$ 1 milhão em dinheiro vivo até o final da manhã. Também foram apreendidas sete armas, mais de 50 celulares, quatro balanças utilizadas para pesar droga, e sete veículos. Os documentos e equipamentos apreendidos hoje passarão por perícia.

Além das prisões determinadas por mandados judiciais, 13 pessoas foram presas em flagrante delito e um adolescente foi apreendido, segundo o MP.

Comando

Entre os alvos da operação estão líderes da facção que atuam em função de comando fora dos presídios. Eles chegaram a essa posição por conta da transferência da cúpula do PCC para fora do estado.

Anotações da contabilidade da facção foram apreendidas durante a operação - Divulgação/MP-SP - Divulgação/MP-SP
Anotações da contabilidade da facção foram apreendidas durante a operação
Imagem: Divulgação/MP-SP

Principal líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, foi enviado para prisões federais fora de São Paulo em fevereiro. Desde março, ele está na unidade de Brasília.

O MP, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), diz que "os presos foram investigados ao longo dos últimos meses por exercerem as mais diversas funções na facção". Entre elas, estão o tráfico de drogas, o cadastramento de armas, o recolhimento de valores para a organização e a realização de julgamentos informais --conhecidos como "tribunais do crime".

As ações acontecem em São Paulo, Guarujá, Bertioga, Campinas, Sorocaba, Tatuí, Itapetininga, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Cravinhos, Matão, São José do Rio Preto, Jales, Fernandópolis, Votuporanga, Cardoso, Tanabi, Mirassol e Barretos.

O nome da operação faz referência à tentativa de "manter a desestruturação, o estrangulamento da organização criminosa", segundo o MP.

Entre os crimes investigados estão o de organização criminosa, o de tráficos de drogas, o de associação ao tráfico, o de sequestro e cárcere privado, e o de lavagem de dinheiro.

Em março, Marcola foi transferido para presídio federal em Brasília

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