Grupo do PCC que monitora agentes públicos para ataques é alvo de operação
A operação contra integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) tem como um dos principais objetivos investigar uma célula da facção que monitora agentes públicos para tentativa de atentados ou homicídios, disse uma fonte do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) ao UOL.
Mais de 50 mandados de prisão contra membros do PCC foram autorizados pela Justiça paulista na Operação Jiboia. Os alvos estão em cidades do estado de São Paulo.
Na operação, os investigadores tinham como meta colher elementos sobre essa célula do PCC. O grupo que levanta dados de autoridades e agentes públicos está concentrado na capital.
Segundo fonte do MP, pessoas possivelmente ligadas ao PCC já entraram em condomínios onde moram promotores e policiais. Os criminosos teriam como objetivo retaliação a ações do poder público com atentados e homicídios.
"Essa célula da capital é muito forte. Todos os integrantes têm hierarquia alta no PCC", disse a fonte. "A gente conseguiu interceptar essa rotina antes que novas ações dessa natureza [atentados e mortes] acontecessem".
Alguns dos alvos da operação são líderes da facção que atuam em função de comando fora dos presídios. Eles chegaram a essa posição por conta da transferência da cúpula do PCC para fora de São Paulo.
O MP, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), diz que "os presos foram investigados ao longo dos últimos meses por exercerem as mais diversas funções na facção". Entre elas, estão o tráfico de drogas, o cadastramento de armas, o recolhimento de valores para a organização e a realização de julgamentos informais --conhecidos como "tribunais do crime".
O nome da operação faz referência à tentativa de "manter a desestruturação, o estrangulamento da organização criminosa", segundo o MP.
Entre os crimes investigados estão o de organização criminosa, o de tráficos de drogas, o de associação ao tráfico, o de sequestro e cárcere privado, e o de lavagem de dinheiro.
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