Marcola é transferido de presídio; ministério cita estratégia de isolamento
Apontado como chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi transferido, na manhã hoje, da penitenciária federal de Porto Velho para a unidade de Brasília. Esta é a segunda mudança de presídio em pouco mais de um mês. A transferência foi feita pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) com o apoio da PF (Polícia Federal).
Em nota, o Ministério da Justiça, ao qual o Depen é subordinado, diz que a ação faz parte "dos protocolos de segurança pública relativa à alternância de abrigo dos detentos de alta periculosidade ou integrantes de organizações criminosas entre as unidades prisionais federais".
A medida seria uma estratégia para isolar lideranças, sendo considerada "fundamental para o enfrentamento e o desmonte de organizações criminosas".
Além de Marcola, outros três presos --que foram transferidos com o chefe do PCC em fevereiro para Rondônia-- também são levados para a capital federal. O deslocamento foi feito pela FAB (Força Aérea Brasileira).
Também foram transferidos:
- Claudio Barbará da Silva, o Barbará: apontado como número um no segundo escalão do PCC
- Patric Velinton Salomão, o Forjado: teria papel de líder da facção em presídios e comandaria uma máfia de perueiros na capital paulista
- Pedro Luiz da Silva Moraes, o Chacal: acusado de participar de tentativas de resgates de presos e de atentados praticados contra forças de segurança
Marcola estava em Rondônia desde fevereiro, quando o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizou que ele fosse levado do presídio estadual de Presidente Venceslau, no interior paulista, para a unidade federal no Norte do país. A descoberta de um plano de fuga motivou as transferências.
O criminoso foi um dos 22 integrantes transferidos no mês passado. Na ocasião, 12 foram para Rondônia, sete para Mossoró (RN) e outros três para Brasília. A cúpula estava concentrada na unidade de Porto Velho.
Agora na unidade na capital federal, Marcola estará no mesmo local em que ficaram seu irmão, Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, Antonio José Muller Júnior, o Granada, e Reinaldo Teixeira dos Santos, o Funchal.
Marcolinha teria como função analisar o Nordeste como potencial território de exportação de drogas para a Europa e a África. Já Granada utilizava advogados para levar e trazer informações de dentro para fora da cadeia. Funchal é acusado de ter matado um juiz-corregedor de Presidente Prudente (SP).
Em presídios federais, os detentos ocupam celas individuais, ficando confinados durante 22 horas do dia e com outras duas para banho de sol. Desde 2006, quando os presídios federais foram criados, não houve registro de fugas em nenhuma das unidades.
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