Deputada Flordelis diz que prestará depoimento na segunda-feira
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) informou que prestará depoimento à polícia na próxima segunda-feira (24) no âmbito da investigação do assassinato de seu marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo Souza.
O pedido para ela depor partiu da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (região metropolitana do Rio), que investiga o caso.
Segundo a assessoria de imprensa de Flordelis, ela será ouvida na condição de testemunha da investigação policial.
"Embora, como parlamentar, a deputada tenha a prerrogativa de escolher o dia e o local do depoimento, ela decidiu aceitar o convite nos termos formulados pela polícia, porque tem o interesse de colaborar com as investigações", afirma em nota.
A assessoria diz ainda que a deputada dará uma entrevista coletiva à imprensa no dia seguinte.
Procuradas pela reportagem, Bárbara Lomba, delegada que chefia o inquérito, e a assessoria da Polícia Civil ainda não se manifestaram.
Ontem, Lomba disse que a investigação sobre o assassinato do pastor não irá descartar nenhuma pessoa próxima a ele ou que estava na cena do crime. A declaração foi dada ao RJTV, da TV Globo.
Na entrevista, a delegada não citou nominalmente a deputada, mas disse que todos que estavam na cena do crime ou próximos ao local são investigados. Flordelis disse que estava na casa no momento do assassinato.
Segundo o Jornal Nacional, da TV Globo, um dos filhos de Flordelis afirmou à Polícia Civil que suspeita que ela e três irmãs possam ter envolvimento na morte do pastor. A polícia, porém, não confirmou a informação.
Na entrevista de ontem, Lomba afirmou que uma das linhas de investigação da polícia é de que o crime tenha relação com a família, mas ainda não se sabe qual a natureza do motivo. "Pode ser econômica, de gestão patrimonial, de recursos, pode ser política, pode ser interpessoal", exemplificou.
Souza era casado com a deputada, com quem tinha 55 filhos, entre biológicos e adotivos.
Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico da parlamentar e enteado do pastor, confessou à polícia ter disparado seis tiros contra a vítima.
O pastor foi morto a tiros logo após chegar de carro em casa em Niterói, região metropolitana do Rio, acompanhado da deputada, no domingo (16).
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