Mulher é morta a pancadas em Manaus; ex-marido é principal suspeito
Uma caixa de supermercado de 26 anos morreu e a mãe dela, de 53, ficou gravemente ferida após ambas serem agredidas a pauladas na manhã de hoje no bairro Cidade Nova 2, zona norte de Manaus. O principal suspeito é o ex-marido dela, que se apresentou voluntariamente à polícia e, segundo o delegado que conduz as investigações, assumiu a autoria dos crimes.
Aline Pâmela Teixeira Machado e a mãe, Vane Corrêa Machado Castro, ainda foram socorridas por vizinhos, mas Aline não resistiu aos ferimentos. Os dois filhos dela com Douglas Ricardo Silva da Costa, de 2 e 5 anos, teriam presenciado os crimes.
Vane declarou que a agressão começou porque a filha estava ao telefone por volta das 5h. Douglas teria ficado com ciúmes e espancado a mulher. A mãe foi defendê-la e acabou apanhando também.
Uma tia da vítima, que não quis se identificar, afirmou que Aline vinha sofrendo inúmeras agressões dentro do relacionamento, que havia sido retomado há pouco tempo. Segundo vizinhos e familiares, o suspeito seria usuário de drogas e sempre se mostrou uma pessoa agressiva.
Ainda conforme a família, Aline já havia registrado seis denúncias contra o ex por ameaças, lesões corporais e violência doméstica. Na última tentativa, em 2018, a vítima relatou ter sido asfixiada pelo companheiro.
"Douglas era ciumento, tinha o costume de bater na minha filha. Ao longo de todo o relacionamento, Aline chegou a registrar seis Boletins de Ocorrência (BO). Ele cheirava a boca dela para saber se ela tinha bebido. Tentou matar ela enforcada ano passado", afirmou a mãe da vítima.
O crime está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Sequestros.
O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) Paulo Martins, disse que Douglas ao chegar na delegacia com a família e com um advogado, assumiu o crime e ainda falou que usou uma pernamanca para bater na mulher.
"Ele já assumiu o crime, está em prisão preventiva, mas agora vamos continuar ouvindo o depoimento do agressor e trabalhando ainda na cena do crime para esclarecer oficialmente as circunstâncias do assassinato". O advogado do suspeito não quis falar com a imprensa.
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