Imóveis e gabinete de Flordelis são alvos de operação da polícia e do MP
A Polícia Civil do Rio cumpre na manhã de hoje mandados de busca e apreensão em pelo menos quatro endereços ligados à deputada federal Flordelis (PSD). A ação é feita com base nas investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, marido da parlamentar, que completou três meses ontem. Dois filhos do casal estão presos por acusados de participação no crime, e a polícia apura se a deputada está envolvida no caso.
Os policiais estão no local onde ocorreu o assassinato (a residência da família, em Niterói), no apartamento funcional de Flordelis, em Brasília, no gabinete dela no centro do Rio de Janeiro e em um endereço em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. A ação ocorre em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro.
"Os policiais buscam apreender celulares, computadores e documentos relevantes que possam auxiliar as investigações", informou a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, responsável pelas investigações.
Ontem, a deputada fez uma homenagem ao marido nas redes sociais. "Só o amor nos faz olhar pra frente...Já se passaram 3 meses que você se foi, meu amor. Que saudade! Cadê você aqui para me proteger nesse momento difícil? Você sempre foi meu guardião! Eu prometo que vou dar continuidade ao seu legado aqui na terra. Te amo, Niel", escreveu a parlamentar na sua conta no Facebook.
O pastor Anderson foi morto a tiros na madrugada de 16 de junho, dentro da casa da família, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico apenas de Flordelis, é acusado de ser o autor dos disparos. A defesa dele nega. Já Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo do casal, é acusado de ter ajudado o irmão a comprar a arma do crime.
A Justiça decretou a prisão preventiva dos irmãos que terão que aguardar o julgamento em regime fechado. Os dois são acusados de homicídio triplamente qualificado - por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima - com pena prevista de 12 a 30 anos.
Após a prisão dos dois, a polícia passou a investigar o envolvimento de outras pessoas no crime. Uma reprodução simulada do caso está marcada para sábado (21) na casa de Flordelis.
O UOL entrou em contato com o advogado da parlamentar e também com a assessoria de comunicação, mas até o momento não foi divulgado um posicionamento sobre a ação da polícia. Em depoimentos anteriores, a deputada negou o envolvimento dela no crime.
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