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'Não devemos antecipar o caos', diz Moro sobre segurança durante quarentena

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro -
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro

Do UOL, em São Paulo

15/04/2020 09h20Atualizada em 15/04/2020 10h02

Possíveis atos de vandalismo e até mesmo saques durante o período em que a maior parte do país está em quarentena por causa do coronavírus não são descartados pelo governo, mas as medidas de segurança para evitar esse cenário estão sendo tomadas, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Em entrevista ao jornal "Gazeta do Povo", Moro afirmou que não se deve antecipar o caos porque ele pode nem mesmo ocorrer.

"As pessoas falavam: 'ah, vão ocorrer saques, ah vai ocorrer aumento de crimes'. Eu acho que não devemos antecipar o caos porque o caos não, necessariamente, vai ocorrer. Todas as medidas necessárias à preservação da ordem pública, da segurança, têm sido tomadas pelo governo federal, pelos governos dos estados e até mesmo pelos governos municipais", declarou.

O ministro disse também que as três esferas governamentais estão trabalhando em conjunto para que esses piores cenários não aconteçam e para que estejam preparados, caso venham a acontecer.

"Mas eu não acho salutar ficar antecipando probabilidades quando não se tem isso como provável", afirmou Moro.

Bolsonaro mencionou saques e caos com demissões

Apesar do tom adotado por Moro, o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já citou a possibilidade de saques a supermercados e "caos" se houver perda de empregos em massa por causa da pandemia.

"Se a economia colapsar, não vai ter dinheiro para pagar servidor público. O caos está aí. Na nossa cara. O caos está aí. E detalhe: se tivermos problemas, e poderemos ter dos mais variados possíveis no Brasil, como saques a supermercados, entre outras coisas, o vírus continuará entre nós também", afirmou Bolsonaro no final de março.