Coronavírus: Casos confirmados em prisões sobem de 3 para 42 em uma semana
O número de casos confirmados de coronavírus no sistema prisional do Brasil multiplicou 14 vezes em uma semana e chegou a 42 presos infectados, de acordo com o painel de acompanhamento criado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão subordinado ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Há sete dias, havia somente três casos confirmados. Trata-se de um aumento de 1.300%.
Ainda não há mortes oficiais de presos decorrentes da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, mas o UOL revelou que mortes por enfermidades respiratórias não estão sendo investigadas pelas autoridades prisionais.
A situação é mais grave no Distrito Federal, onde 38 detentos padecem da covid-19 no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Ainda existem 25 agentes penitenciários infectados. Outros 38 casos são considerados suspeitos.
Há ocorrências de coronavírus confirmadas também em presos dos estados do Pará (1), Pernambuco (2) e Ceará (1).
No total, estão sendo investigadas outros 194 suspeitos no sistema penitenciário brasileiro. São Paulo, com a maior população carcerária do país, tem o maior número de casos suspeitos, mas nenhum confirmado: são 78 presos que podem estar infectados, seguido por Minas Gerais, com 39.
Especialistas e entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Defensoria Pública já alertaram que as condições das prisões brasileiras — precariedade estrutural, falta de médicos e superlotação — são propícias para a propagação do coronavírus.
Para João Batista Augusto Júnior, criminalista e sócio do escritório Bialski Advogados, "as prisões se tornaram 'depósitos humanos' onde os detentos são trancafiados aos montes e sem mínimas condições de higiene e salubridade".
Na segunda-feira (13), o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a situação está sob controle.
"Estamos tomando cuidados necessários para identificar e cuidar para que os casos sejam devidamente isolados".
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