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SP: Prefeitura compra contêineres para colocar ossadas e liberar cemitérios

Cemitério da Vila Formosa tem sepultamento com trajes de proteção de vítima da covid-19  -
Cemitério da Vila Formosa tem sepultamento com trajes de proteção de vítima da covid-19

Do UOL, em São Paulo

11/06/2020 12h42

A Prefeitura de São Paulo decidiu pela compra de contêineres para armazenar ossadas e aumentar a oferta de covas disponíveis nos cemitérios da capital. Desde o início da pandemia do coronavírus, os sepultamentos aumentaram significativamente por conta das mortes causadas pela covid-19. A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) adquiriu 12 equipamentos metálicos e espera que eles cheguem em no máximo 15 dias.

Com a chegada dos contêineres, a ideia da Prefeitura é aumentar o número de exumações e liberar quadras para novos enterros. A medida vai se apoiar em um decreto municipal que determina que a família tem que pedir a exumação em até três anos para mortos e em até dois anos para crianças de até seis anos. Muitas famílias acabam não fazendo o pedido e isso permite a remoção das ossadas após o prazo determinado.

O serviço funerário paulistano já vinha utilizando o armazenamento de ossadas em contêineres no Cemitério da Vila Formosa. Segundo a Prefeitura, o modelo é "mais eficiente e rápido do que a construção do ossuário tradicional", que costuma ser de alvenaria.

Os 12 contêineres comprados serão destinados aos cemitérios da Vila Nova Cachoeirinha, São Luiz, Campo Grande, Dom Bosco, Itaquera, Saudade e ao próprio complexo da Vila Formosa, que já usa o modelo há alguns anos.

A Prefeitura garante que "todos os restos mortais são devidamente identificados e acomodados" nos equipamentos metálicos.

As exumações vêm crescendo na capital por causa dos enterros de vítimas da covid-19. Desde janeiro até o final de maio, a cidade registrou 6.469 transferências de ossadas das quadras para ossuários. Já os sepultamentos chegam a 37.555 desde o início do ano até maio, o que representa um aumento de 37% em relação ao mesmo período de 2019.

A pandemia do coronavírus na cidade já causou mais de 5.000 mortes e mais de 86.000 pessoas foram contaminadas.