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Covas espera que reabertura de restaurantes em SP seja anunciada na sexta

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa sobre o anúncio de medidas de combate ao coronavírus - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), em coletiva de imprensa sobre o anúncio de medidas de combate ao coronavírus Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Alex Tajra e Patrick Mesquita

Do UOL, em São Paulo

24/06/2020 16h34Atualizada em 24/06/2020 19h17

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse hoje que a expectativa é de que a capital anuncie na próxima sexta-feira a entrada na fase 3 (amarela) do plano de reabertura gradual da economia durante a pandemia de covid-19, que possibilita a reabertura de bares e restaurantes.

Segundo o Plano São Paulo, projeto apresentado pelo governador João Doria (PSDB) no final de maio para elencar as fases de flexibilização das medidas restritivas, bares e restaurantes poderiam funcionar na fase amarela apenas a céu aberto e com capacidade limitada a 40%.

O desejo de Covas foi revelado durante participação em uma live do Itaú BBA. A reabertura desses estabelecimentos pode ser incluída, segundo o prefeito, no anúncio do governo paulista da nova reclassificação das regiões estaduais depois de amanhã.

"Na sexta-feira, o governo deve apresentar uma nova reclassificação das regiões. A expectativa é de que a cidade entre na fase 3, amarela, o que permite a reabertura por seis horas por dia dos restaurantes. Claro que [eles] nunca deixaram de funcionar.(...) Sabemos a dificuldade desse setor. A perspectiva é que eles voltem à atividade", afirmou.

O prefeito não deu detalhes sobre como seria a adesão ao uso de máscaras, o distanciamento ou como se daria a fiscalização sobre a capacidade máxima dos estabelecimentos.

Em nota enviada ao UOL, contudo, a prefeitura reforçou que os protocolos para os novos setores serão analisados quando houver a liberação da fase amarela.

"A partir de reclassificação da cidade de São Paulo pelo Governo do Estado para a fase amarela, quando ocorrer, os protocolos para os novos setores liberados serão analisados cuidadosamente pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), da Secretaria Municipal de Saúde, como ocorreu nas liberações da fase laranja", diz o texto.

A reabertura também depende da aprovação dos protocolos apresentados pelos setores à vigilância sanitária. Desde o início do Plano São Paulo, Covas condicionou a flexibilização aos documentos enviados por representantes dos serviços. A prefeitura tem assinado acordos de cooperação com estas organizações.

"É claro que a nossa preocupação é que a gente começa a reabrir aqui e vamos receber gente de outros lugares. Toda reabertura é feita com protocolos assinados com a Prefeitura de São Paulo de boas práticas, que a gente sabe que não está só recebendo população", afirmou.

Caso a reclassificação se confirme, salões e barbearias também poderão voltar a funcionar por seis horas, com limite de 40% da ocupação. Academias e "outros eventos que geram aglomeração" permaneceriam proibidos.

Outra preocupação manifestada por Covas quanto à reabertura da cidade é em relação ao trânsito de pessoas vindas de outros lugares.

"Quando a gente fala de reabertura do Brás, quando fala de reabertura da 25 (de Março), nós não estamos falando de reabertura só para a população da cidade de São Paulo. Nós estamos falando de reabertura para Minas Gerais, que agora rediscute lockdown, para outras cidades Brasil afora. Tem que colocar essa variável sempre que se fala de reabertura na cidade de São Paulo."

O prefeito ressaltou, ainda, que as populações de fora da capital serão levadas em consideração nos debates da reabertura. "São Paulo é uma cidade aberta e sempre vai ser assim. Não podemos deixar espaço para qualquer discurso que vá beirar a xenofobia. A gente tem essa preocupação."