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Covas diz que parques não reabriram em SP porque 'geram menos empregos'

8.jun.2020 - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) - Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo
8.jun.2020 - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) Imagem: Roberto Casimiro/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

02/07/2020 19h47

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), explicou hoje por que os parques da cidade ainda não têm data para reabrir, enquanto shoppings já estão funcionando e bares e restaurantes devem abrir as portas na próxima segunda-feira (6).

Segundo ele, a ordem de serviços a serem retomados é proporcional ao número de empregos gerados pelo setor, não à relevância da atividade.

"É importante ficar claro que a ordem de abertura das atividades é determinada em relação a quantos empregos elas geram. Se a gente fosse escolher as atividades mais importantes, a gente abriria escolas, museus, parques", afirmou, em entrevista à Globo News. "Priorizamos os setores mais vulneráveis, que mais geram atividade econômica."

Covas disse que, embora não exista previsão para a retomada dos parques, ele espera ter essa informação já na semana que vem: "Na segunda-feira (6) teremos data para reabertura de parques".

Abertura noturna de restaurantes

Questionado sobre o horário determinado para a reabertura dos restaurantes — locais poderão funcionar entre 11h e 17h — Covas disse que não há, por enquanto, previsão dw abrir exceção para estabelecimentos que costumam funcionar à noite, como pizzarias.

"Nós vamos seguir as determinações do estado e os restaurantes devem fazer o mesmo. A determinação do Centro de Contingência vale para todo o estado, o governo não pode abrir exceção por conta das pizzarias da capital. Se vai abrir pizzaria à noite, bares vão pedir pra funcionar até mais tarde, aí não conseguimos segurar [as pessoas em casa]."

Covas negou que estado e município estejam conversando sobre a reabertura de cinemas e teatros e prometeu respeitar orientações da vigilância sanitária.

Isenção de impostos

O prefeito também negou que o município esteja estudando a isenção de impostos para comerciantes e outros empresários que passaram meses parados.

Ele alegou que estados e municípios têm mais "amarrações" em relação às políticas fiscal e monetária e afirmou que, por este ser um ano eleitoral, a legislação eleitoral proíbe que a Prefeitura aplique isenções de impostos.

"Município e estado têm mais limitações de política fiscal e monetária que o governo federal, não têm banco público, não podem colocar moeda em circulação... Além disso, já estamos com previsão de perda de arrecadação de R$ 9 bilhões e abrir mão de receita não tem fórmula mágica, não tem recurso para mais leitos, para distribuição de alimentos. Os recursos da prefeitura vêm desses impostos, infelizmente", disse. "Fora os problemas da legislação eleitoral, a Prefeitura não pode criar novas isenções".

Transporte público

O prefeito Bruno Covas ameaçou demitir o ex-secretário municipal de Transportes, Edson Caram, se ele não conseguisse conter em poucos dias a lotação dos ônibus da cidade. Na época, Covas disse que Caram seria exonerado se até determinada data ainda houvesse pessoas em pé nos veículos, mas o secretário acabou pedindo demissão.

Nesta semana, no entanto, a atual secretária, Elisabete França, reduziu 9% da frota de ônibus na capital e há registro de linhas lotadas, com muitas pessoas em, pé.

Questionado, Covas disse que "não há necessidade de todo mundo ir sentado, o importante é a quantidade de pessoas no ônibus, independente de estarem em pé ou sentadas."