Influencer, mulher de ex-deputado é indiciada por acidente que matou menino
A influencer e mulher do ex-deputado federal Adilton Sachetti, Lidiane Campos, foi indiciada por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e omissão de socorro em acidente que culminou na morte de uma criança de 3 anos, em agosto de 2019, em Rondonópolis (MT). De acordo com nota da Polícia Civil, divulgada hoje, não foi possível comprovar o estado de embriaguez da indiciada.
Na ocasião, Lidiane dirigia uma caminhonete e colidiu, em um cruzamento, com uma moto, em que estavam o menino Daniel Augusto da Silva, seu pai, Marcos Souza da Costa, 30, e a madrasta, Dayane Palmeiras dos Santos, 35. Eles retornavam de uma celebração de Dia dos Pais.
Após o acidente, a influencer afirmou, através de seu advogado, que não prestou socorro por medo de ser agredida por testemunhas. Lidiane abandonou o veículo no local.
A defesa de Flávia Augusta da Silva, mãe do menino Daniel, não ficou satisfeita com a conclusão do indiciamento de Lidiane. "A gente esperava que fosse caracterizado o homicídio doloso (quando há intenção de matar) pelo dolo eventual, uma vez que ela, além do excesso de velocidade, comprovado pelo laudo, também invadiu uma via preferencial - duas condutas ilícitas -, portanto, assumiu o risco de produzir o resultado. Além da omissão de socorro, que também foi confirmada pelas testemunhas", disse o advogado Ronaldo Bezerra.
A família da vítima também se queixa por Lidiane não ter se prontificado a ressarcir as despesas do velório e pela demora da conclusão do inquérito. Fato que a Polícia Civil afirma ter ocorrido por causa de investigações e perícias para tentar comprovar a possível situação de embriaguez da influencer.
O advogado da influencer, Wilson Lopes, disse que não teve acesso aos autos, alegando que estamos vivendo uma pandemia (da covid-19) e todos os órgãos públicos estão fechados. "Não sei como isso vazou em meio a esta situação que estamos vivendo", afirmou.
Questionado sobre a insatisfação da família da vítima com o resultado do inquérito, Lopes rebateu dizendo que é mera opinião. "O delegado estudou cinco anos, fez concurso, então ele sabe o que ele está fazendo. Sabe quando é culposo e quando é doloso. Ao contrário de quem nem tem concurso."
Já em relação às despesas do velório da vítima, o advogado de Lidiane Campos disse que há uma ação na Justiça contra ela para reparação de danos. "Ele (advogado da vítima) foi por este caminho, então é a Justiça que vai resolver."
Segundo a assessoria da Polícia Civil, o inquérito foi concluído há 15 dias pela delegada Ludmila Zorzetti Vendramel e encaminhado ao Poder Judiciário de Rondonópolis.
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