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Cuidadora suspeita de dopar idosas para usar cartão tem prisão decretada

Câmera de segurança de lotérica no Rio mostra cuidadora acompanhando idosa que teve cartão furtado - Divulgação/Polícia Civil
Câmera de segurança de lotérica no Rio mostra cuidadora acompanhando idosa que teve cartão furtado Imagem: Divulgação/Polícia Civil

Do UOL, em São Paulo

24/07/2020 09h06

A Justiça do Rio de Janeiro decretou ontem a prisão preventiva da cuidadora Rosimeri Cristina dos Santos, 46, que é suspeita de dopar idosas para usar o cartão bancário das vítimas. Rosimeri está presa desde o dia 30 de junho, quando foi detida em flagrante em sua casa, no bairro de Rocha Miranda, zona norte do Rio, ao receber produtos comprados com um cartão furtado.

A prisão preventiva foi decretada pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. O magistrado aceitou a demanda do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que na última segunda-feira (20) denunciou a cuidadora por tentativa de homicídio e estelionato.

Rosimeri é auxiliar de enfermagem e responderá por homicídio porque teria injetado duas seringas de insulina em uma idosa de 79 anos, moradora de Bonsucesso, também na zona norte do Rio, e combinou a medicação com o remédio Glifage 850 mg. Após dopar a vítima, ela teria usado o cartão da idosa para fazer compras.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Hilton Alonso, Rosimeri furtou o cartão da idosa após acompanhá-la em uma casa lotérica. Ela teria gasto R$ 7 mil em compras.

Segundo o MP-RJ, o crime aconteceu entre os dias 10 e 11 de junho. A idosa, que não era diabética, acabou tendo uma crise de hipoglicemia e entrou em coma, sendo internada em um hospital. De acordo com a denúncia, a cuidadora tentou matar a idosa para que ela não descobrisse o uso do cartão furtado.

Além da denúncia do MP-RJ, a Justiça também considerou o relato do filho da vítima. Ele afirmou que sua mãe desconfiou previamente do sumiço do cartão. Isso reforça a tese de que o crime foi cometido para encobrir os gastos feitos ilegalmente.

Também pesou para decisão da prisão preventiva o fato de Rosimeri ser suspeita de ter cometido outro crime semelhante, contra uma idosa de 90 anos.