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Polícia investiga se sargento foi morta no Rio em crime premeditado

Familiares e amigos se despediram de Bruna Borralho. Ela foi atingida por dois disparos no município de Duque de Caxias - Diana Rogers
Familiares e amigos se despediram de Bruna Borralho. Ela foi atingida por dois disparos no município de Duque de Caxias Imagem: Diana Rogers

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

01/09/2020 17h29

A Polícia Civil do Rio de Janeiro não descarta que a sargento Bruna Borralho, de 27 anos, tenha sido assassinada de forma premeditada na noite do último domingo (30). De acordo com as investigações, testemunhas envolvidas no caso já foram ouvidas e, em um primeiro momento, os policiais trabalham com a hipótese de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, como explicou ao UOL o Diretor de Departamentos de Homicídios da Polícia Civil, delegado Antônio Ricardo.

Nenhuma linha de investigação está sendo descartada. Por enquanto é um latrocínio, mas testemunhas foram ouvidas. Ela levou dois tiros e teve o celular subtraído. Não temos ainda como descartar nenhuma linha de investigação"
Delegado Antônio Ricardo, Diretor de Departamentos de Homicídios da Polícia Civil

Hoje, familiares e amigos se despediram de Bruna Borralho. Ela foi atingida por dois disparos de arma de fogo durante um assalto no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O velório da militar teve início logo pela manhã, às 6h, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O sepultamento aconteceu por volta das 11h.

Muito emocionados, os parentes de Bruna não quiseram falar com UOL. Além dos familiares, amigos de farda da sargento também estiveram presentes. Antes do enterro, foram realizadas três salvas de tiros como forma de homenagem.

Horas antes da despedida, a irmã de Bruna, Bárbara Borralho, publicou no Facebook uma foto com a sargento. No texto, ela exigiu justiça pela morte da militar e pediu que ela não se torne mais um número de estatística da violência no Rio.

"Que a justiça seja feita e não caia no esquecimento como mais uma vítima ou mais um número para estatística de uma violência que só aumenta, porque a família não esquece nunca. É um vazio que jamais será preenchido", escreveu Bárbara. "Tiraram uma filha dos seus pais, uma irmã tão querida que era o nosso elo forte. Tiraram uma tia dos seus sobrinhos. Era nossa Bruna, era nossa mana, como costumávamos nos chamar".

O Portal dos Procurados divulgou um cartaz para ajudar a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense com informações que possam identificar e localizar os envolvidos na morte da sargento. Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos envolvidos no crime pode entrar em contato através dos canais: WhatsApp Portal dos Procurados (21) 98849-6099; pelo Facebook — Procuradosrj; pelos telefones do Disque-Denúncia (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; ou pelo Aplicativo — Disque Denúncia. O anonimato é garantido.

Polícia não descarta hipótese de execução no caso de sargento morta no Rio - Reprodução/Portal dos Procurados - Reprodução/Portal dos Procurados
Imagem: Reprodução/Portal dos Procurados

Lotada na 21ª Brigada de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar, Bruna Borralho foi assassinada após o carro onde ela estava enguiçar na Avenida Presidente Kennedy, em Duque de Caxias. De acordo com a Polícia Militar, o crime ocorreu quando o marido da vítima, Ângelo Henrique de Araújo, parou para consertar o veículo.

Enquanto estava fora do carro, ele ouviu a esposa gritar sobre um assalto. Em seguida, ele escutou dois disparos. A irmã de Bruna estava no veículo com os filhos, sobrinhos da vítima. Eles foram retirados do carro, que acabou sendo levado pelos criminosos. A militar foi socorrida para a Unidade Pré Hospitalar do Pilar, em Duque de Caxias, mas já deu entrada na unidade sem vida.