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Justiça determina que filhos de Flordelis fiquem em prisões diferentes

Deputada é apontada pelo MP-RJ com mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo - Reprodução
Deputada é apontada pelo MP-RJ com mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/09/2020 09h45Atualizada em 04/09/2020 10h48

A Justiça determinou ontem que os filhos da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) presos por suspeita de participação na morte do pastor Anderson do Carmo fiquem em presídios diferentes. A decisão foi da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói (RJ).

Flordelis é apontada pela investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) como mandante da morte do seu marido. Além dela, mais sete filhos e uma neta da família da deputada foram denunciados pelo assassinato de Anderson, que morreu baleado com 30 tiros na garagem da casa da família, em Niterói, em junho do ano passado.

O pedido à Justiça foi feito pelo advogado que representa o pai de Anderson do Carmo. Ele alega que há filhos de Flordelis no mesmo presídio e com isso eles podem tentar manipular provas e combinar versões sobre o crime.

A preocupação já havia sido externada por um promotor do MP-RJ na semana passada. Responsável pela investigação, Sérgio Luís Lopes Pereira afirmou que causava "estranheza" a permanência de dois filhos de Flordelis na mesma cela.

O promotor se referia especificamente a Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas de Souza, que já estão presos desde o ano passado. Na semana passada, mais cinco filhos e uma neta da deputada também foram presos. Flordelis não teve mandado de prisão contra ela porque tem imunidade parlamentar.

Flávio isolado

Na decisão, a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce pediu à Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) que, além da separação por presídios, Flávio fique isolado dos demais denunciados. O filho de Flordelis é apontado como autor dos disparos que mataram Anderson.

"Determino que sejam aqueles presos acautelados em unidades prisionais diversas, tão separados quanto possível, e sem nenhum contato com o acusado Flávio", escreveu a magistrada.

A Seap tem um prazo de 48 horas para efetuar as transferências e garantir o distanciamento dos denunciados.