Namorado de paciente que deixou hospital e morreu crê que ela recebeu ajuda
O namorado da mulher que saiu à revelia do Hospital Salgado Filho com o pé enfaixado e apareceu morta a 2,5 km de distância da unidade pode ter tido ajuda para deixar o local, afirma o namorado dela Milton Souza. Ele prestou depoimento à polícia na última sexta-feira (25) e disse ao UOL que acredita que Valéria Muniz de Carvalho tenha pego uma carona.
"A família e os amigos acreditam que alguém pode ter oferecido uma carona ou ela mesmo ter pedido para sair da área do hospital. A polícia disse que vai procurar o trajeto dela", disse Milton na manhã de hoje ao UOL.
A família está tentando captar imagens do entorno do hospital para flagrar essa movimentação.
Valéria foi encontrada morta após ter saído da unidade sem ser interceptada pela equipe do hospital. Ela estava internada e aguardava uma cirurgia no calcanhar, após cair e fraturar a região.
De acordo com atestado de óbito, a mulher morreu em decorrência de uma hemorragia interna provocada por traumatismo no tórax e membros, após ação contundente.
Vânia Muniz, irmã da vítima, já havia dito ao UOL, que o corpo da irmã tinha manchas roxas espalhadas no corpo. "Tinha hematoma no queixo, braço e na parte de trás do corpo. Até agora não sabemos o que ocorreu. Só sabemos que ela saiu de lá para morrer", afirmou Vânia.
Relembre o caso
A vítima estava internada no Salgado Filho com uma fratura no calcanhar, resultado de uma queda. Ela deu entrada na unidade de saúde na quinta-feira (17) e saiu à revelia no sábado (19). Imagens do circuito interno da unidade mostram a paciente circulando na unidade com o pé enfaixado, mancando e deixando o hospital pela saída de emergência sem que fosse abordada por funcionários.
A família disse que não foi avisada da saída dela do hospital. O corpo de Valéria foi encontrado no bairro do Cachambi, a 2,5 km de distância do hospital, e foi encaminhado para o IML (instituto Médico Legal), onde foi localizado pelos parentes. O enterro ocorreu no cemitério do Pechincha, na zona oeste da cidade.
A Secretaria de Saúde do Rio nega responsabilidade no caso.
"É importante destacar que a sra. Valéria era uma paciente adulta, lúcida e deixou a unidade sem autorização ou alta hospitalar, não havendo portanto nenhum documento assinado. O termo de responsabilidade por deixar o hospital durante o tratamento só é assinado quando há um acordo, chamado de "alta a pedido", entre paciente e equipe médica", informou a pasta através de nota.
A Polícia Civil investiga o caso.
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