Câmara do Rio abre duas CPIs para investigar ações de Crivella
A Câmara Municipal do Rio de Janeiro abriu hoje duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), para investigar ações relativas ao prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Uma investigará o caso dos "Guardiões do Crivella", servidores da prefeitura que atuavam na porta de hospitais para atrapalhar o trabalho da imprensa e impedir demandas da população, enquanto a outra manterá o foco no esquema de corrupção conhecido como "QG da propina".
O vereador Jorge Manaia (Progressistas) foi eleito presidente das duas comissões. Já as relatorias couberam a dois correligionários de Crivella: Inaldo Silva, no caso "Guardiões do Crivella", e João Mendes de Jesus, com o "QG da propina".
'Guardiões'
A abertura de uma CPI para investigar o caso de servidores da prefeitura que tentavam impedir denúncias de questões públicas foi autorizada no início do mês.
A autorização ocorreu um dia após a Câmara rejeitar pedido para abertura de processo de impeachment contra o prefeito. No total, Crivella já se livrou de cinco pedidos de impedimento, todos barrados pelo legislativo municipal.
A reunião que definiu presidente e relator da comissão pediu para ter acesso a um ofício contendo ficha funcional de todos os servidores citados em reportagens da TV Globo, que revelou o esquema.
Também entram na composição da CPI os vereadores Teresa Bergher (Cidadania), Felipe Michel (Progressistas) e Átila A. Nunes (DEM). O vereador Paulo Pinheiro (PSOL) é o primeiro suplente.
'QG'
A comissão pediu que Ministério Público apresente uma cópia do teor do inquérito sobre o caso, que contou com a delação do doleiro Sergio Mizrahyo.
A partir da colaboração do operador, a polícia deflagrou, no início do mês, a Operação Hades. Crivella e outros funcionários do alto escalão da prefeitura foram alvos de busca e apreensão sob suspeita de envolvimento no "QG da propina" — como foi batizado suposto esquema de ilicitudes para a liberação de pagamentos da administração municipal.
O ex-presidente da Riotur Marcelo Alves e o irmão dele, Rafael Alves, foram dois dos alvos da ação. As investigações mostram que o prefeito trocou quase duas mil mensagens com Rafael Alves, que não tinha cargo na gestão municipal. O empresário é acusado de facilitar contratos de empresas com a prefeitura por meio do pagamento de propina, além de ter forte influência sobre Crivella. Ambos negam as acusações.
Integram a CPI os vereadores Jairinho (Solidariedade), Átila A. Nunes (DEM) e Célio Lupparelli (DEM). O vereador Tarcísio Motta (PSOL) ficou como suplente.
O prazo de funcionamento das CPIs será de 120 dias. Elas podem ser prorrogadas por até 60 dias.
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