Flordelis é intimada a colocar tornozeleira eletrônica em até 48 horas
A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), que é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, foi intimada na noite de ontem em sua casa na cidade de Niterói (RJ) a colocar tornozeleira eletrônica em até 48 horas.
Segundo o TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Flordelis foi intimada às 19h de ontem, atendendo a um pedido do MP. A deputada deverá se apresentar na Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) para colocar a tornozeleira.
No fim de agosto, Flordelis foi denunciada pelo MPRJ e pela Polícia Civil como a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 2019.
No último sábado (3), a Justiça fluminense autorizou o uso de força policial para intimar Flordelis a utilizar tornozeleira eletrônica após não conseguir localizar a deputada em sua casa no RJ ou em Brasília.
A Justiça do RJ determinou que Flordelis deveria ser monitorada com o auxílio de uma tornozeleira eletrônica em meados de setembro. Ela também foi obrigada a cumprir recolhimento domiciliar noturno em sua casa.
No fim do mês passado, a defesa de Flordelis tentou recorrer na Justiça contra o monitoramento por tornozeleira, mas teve o pedido negado.
Risco de cassação
Na última quinta-feira (1º), o corregedor da Câmara dos Deputados, Paulo Bengtson (PTB-PA), entregou parecer favorável à continuidade do processo disciplinar contra a deputada na Casa.
Agora, a Mesa Diretora da Câmara analisará o processo contra Flordelis e, caso julgue-o procedente, o remeterá para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para abertura de processo contra a deputada.
No Conselho, um relator escolhido em lista tríplice formada em sorteio apurará os fatos da acusação e dará seu parecer pela cassação ou pela absolvição da deputada, que ainda poderá recorrer da decisão na Comissão de Constituição e Justiça.
Após o Conselho votar a decisão do relator, o parecer será encaminhado para o plenário da Câmara, onde a votação se dará de forma aberta. Lá, Flordelis poderá ser cassada caso 257 deputados votem pela sua condenação.
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