Gestante e homem achados mortos no interior de SP foram queimados vivos
Duas pessoas, uma mulher gestante e um homem, foram encontradas carbonizadas dentro de um carro, na zona rural de Coroados (a 496 quilômetros de São Paulo). Segundo as investigações da Polícia Civil, eles foram queimados ainda vivos e estavam amarrados quando os suspeitos jogaram gasolina e atearam fogo no veículo.
A mulher morta é Ellen Priscila Ferreira da Silva, de 24 anos, e o homem, Ely Carlos dos Santos, 39. A identificação foi feita pela família de Ellen, que reconheceu o veículo - já que os corpos estavam irreconhecíveis. A certeza das identificações dos corpos está atrelada ao resultado do exame de DNA, que ainda não foi concluído. O material genético coletado já está em análise em um laboratório especializado.
Apesar de o carro com os corpos ter sido encontrado no dia 17 de outubro - dois dias após as mortes - a informação de que as vítimas foram queimadas vivas só foi confirmada ontem, após a prisão de quatro suspeitos de envolvimento com as mortes. Os presos são três homens - de 19, 35 e 38 anos - e uma mulher, de 36 anos.
A mulher está presa na Cadeia de Nhandeara. Os três homens estão na Cadeia de Penápolis. A prisão temporária dos suspeitos tem validade de 30 dias.
"Foi um crime premeditado e bastante cruel. Um dos suspeitos, inclusive, consolou pessoalmente a mãe da vítima após confirmada a morte", revelou ao UOL o delegado responsável pelo caso, Paulo de Tarso.
No interrogatório, o homem de 19 anos e a mulher de 36 assumiram a coautoria dos dois homicídios. Os demais presos negaram qualquer tipo de envolvimento.
"A vítima estava grávida de quatro meses de um dos suspeitos, que é casado. A mulher dele, que assumiu a coparticipação, e que também está grávida, sabia disso", explicou o delegado.
Polícia trabalha com várias hipóteses
A Polícia Civil trabalha com três principais motivos para o duplo homicídio: vingança, crime passional e dívida de drogas. "A Ellen e o Ely Carlos teriam dívidas com um traficante que também foi preso. Outro ponto é que a Ellen se negava a fazer o aborto da criança concebida no relacionamento extraconjugal ", explicou o delegado Paulo de Tarso.
O UOL apurou que o carro em que os corpos foram queimados era dirigido pelo homem com quem Ellen mantinha o relacionamento. O outro carro era conduzido pela mulher dele, que teve o papel de buscar os dois suspeitos de jogar o combustível nas vítimas.
Paulo de Tarso trabalha com a possibilidade de mais uma pessoa estar envolvida no crime. "Existe um quinto suspeito de envolvimento, um adolescente que já foi identificado. Ele teve o mesmo papel do jovem de 19 anos, ou seja, de jogar a gasolina nas vítimas".
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