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Motorista indiciado por matar ciclista em SP tinha bebido, diz secretaria

O microempresário José Maria, indiciado por atropelar e matar a ciclista Marina Harkot em São Paulo - Reprodução/TV Globo
O microempresário José Maria, indiciado por atropelar e matar a ciclista Marina Harkot em São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

20/11/2020 13h31

O microempresário José Maria da Costa Júnior, indiciado por atropelar e matar a ciclista Marina Kohler Harkot e fugir sem prestar socorro no dia 8 de novembro, em São Paulo, estava sob influência de álcool no momento em que o acidente aconteceu, informou a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Júnior já havia sido indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo e por fuga de local de acidente. Segundo o órgão, "após indícios documentais e testemunhais apontarem que o autor estava sob influência de álcool durante a condução do veículo no momento do atropelamento, foi incluída a qualificadora".

O caso é investigado pelo 14º DP (Pinheiros). Uma mulher que estava com ele no carro no momento em que Marina foi atropelada foi ouvida pelas autoridades e indiciada por omissão de socorro.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, exibida no último domingo, o microempresário contou que tinha ido a um bar com amigos naquele dia, mas negou ter bebido.

Questionado se em nenhum momento ele e as pessoas que o acompanhavam pensaram em parar e ver o que tinha acontecido, ele respondeu que não e falou em "preservar" sua vida. "A gente não tinha essa noção do que pudesse ter acontecido, da complexidade, que alguém pudesse estar ali, que pudesse estar machucado, se era um roubo, se era alguma coisa", afirmou.

Rosangela Ferreira, dona do estacionamento onde ele deixou o carro após o acidente, disse à emissora que o homem não aparentava estar nervoso e disse que o grupo tinha um litro de vinho dentro do carro — algo que Júnior negou. "Essa garrafa não estava dentro do carro."

Justiça negou prisão preventiva

O microempresário se apresentou na delegacia na terça-feira (10), acompanhado de advogados e deixou o local cerca de três horas depois. Na sexta-feira (13), a Justiça negou o pedido de prisão preventiva contra ele. O pedido havia sido feito pela Polícia Civil.

Em decisão, a juíza Tatiana Saes Valverde Ormeleze reconheceu se tratar de um crime "de extrema gravidade". Mesmo assim, afirmou não ser possível decretar a prisão preventiva, regulamentada pelo artigo 313 do Código Processual Penal.

O Ministério Público também se manifestou favorável ao indeferimento do pedido de prisão preventiva dele.

Na entrevista ao Fantástico, Júnior pediu perdão à família da ciclista.