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Criciúma: Polícia descarta PCC na coordenação de assalto; 14 estão presos

Criminosos assaltaram agência do Banco do Brasil em Criciúma e levar terror para a cidade - CAIO MARCELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
Criminosos assaltaram agência do Banco do Brasil em Criciúma e levar terror para a cidade Imagem: CAIO MARCELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para o UOL

09/12/2020 17h30

A Polícia Civil de Santa Catarina descartou hoje a coordenação da facção paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) no assalto ocorrido em Criciúma na semana passada, quando foram levados cerca de R$ 80 milhões de duas agências do Banco do Brasil. Entre os presos está o "general" do PCC Márcio Geraldo Alves Ferreira, 34 anos, o Buda, detido em Gramado (RS).

Conforme o delegado Anselmo Cruz, titular da Deic (Delegacia de Roubos e Antisequestro), o que ocorreu em Criciúma foi uma "parceria" de criminosos com a facção paulista. "Não há nenhum elemento que indique a coordenação organizada pela facção (PCC), o que houve foi uma parceria", salientou o delegado em coletiva de imprensa, que contou com a presença do governador Carlos Moisés (PSL).

Ainda segundo Cruz, a parceria se deu com o fornecimento de "mão de obra" para a prática do crime.

Durante a coletiva, o delegado anunciou a prisão de mais duas pessoas pelo assalto. Com isso, chega a 14 o número de pessoas detidas. Entretanto, não foram dados detalhes nessas novas prisões.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dionei Tonet, aproveitou a coletiva para explicar que não houve confronto com os criminosos para "preservar vidas". Disse ainda que o soldado Jeferson Luiz Esmeraldino, de 32 anos, que ficou ferido, foi atingido por um disparo de fuzil, que perfurou o colete à prova de balas.

"Um fuzil é arma de guerra, enquanto comandante determinei a segurança do perímetro, para a população ser preservada. Não poderia dizer que estamos 100% prontos em todas as cidades, mas estamos recompondo nossa capacidade", salientou o comandante, que anunciou ainda a troca o perfil de coletes utilizados pelas tropas.

Nesta hora, o delegado da Deic complementou dizendo que um disparo de fuzil "poderia atravessar uma parede e atingir alguém", vitimando inocentes.

Por último, a polícia anunciou que há a possibilidade de que parte dos criminosos tenha permanecido em um imóvel no centro de Criciúma por meses até o assalto. Entretanto, o apartamento ainda não foi identificado e, por isso, a polícia pede a colaboração da população caso tenha percebido a movimentação estranha de pessoas dias antes do crime.