Homem que morreu ao cair de telhado iria se casar e mudaria para Portugal
"Já estava tudo pronto, ele já havia escolhido o terno e meu vestido já estava separado. Todos os meus planos eram com ele, nunca me imaginei continuar a vida sem o Vitor ao meu lado". O desabafo emocionado é da balconista Juliana dos Santos, 24. A jovem era noiva de Vitor Virgiliano Gonçalves, 22.
Gonçalves morreu na manhã de sexta-feira (5) após cair de uma altura de 10 metros enquanto fazia manutenção no telhado da quadra esportiva da Escola Municipal Rubens Lara, no Morro da Nova Cintra, em Santos (litoral de São Paulo). O jovem trabalhava em uma empresa terceirizada que presta serviços para a prefeitura.
Juliana relata que o noivo estava feliz, o casal que está junto há três anos, estava com o casamento marcado para o dia 1º de maio e seis dias depois se mudaria para Portugal, onde pretendiam morar e estudar.
"A gente planejou muito se casar e mudarmos para Portugal onde o melhor amigo dele reside e nos daria um suporte. Ele queria fazer faculdade de engenharia e eu ia terminar a minha de educação física", diz a noiva.
O casal morava na casa dos pais de Gonçalves em São Vicente, próximo a Santos. Em fevereiro do ano passado, eles ficaram noivos. Inicialmente o casamento, para 120 convidados, estava agendado para novembro de 2020, mas por causa da pandemia a celebração e a festa foram adiadas.
A noiva lembra que eles tinham diversos planos juntos. O casamento já estava todo pago e eles vinham juntando as economias há quase um ano para a mudança de país.
"O sonho dele era ter uma filha e já tinha até escolhido o nome Maria Clara. Todos os dias ele me pedia um filho e eu explicava que ainda não era o momento. Mas que no momento certo realizaríamos esse desejo", conta.
Ainda segundo a noiva, ela estava no trabalho quando ficou sabendo do acidente com o noivo. A sogra ligou contanto que a estrutura do telhado em que Gonçalves trabalhava havia cedido e o jovem sofrido uma queda. A família alega que o rapaz não usava equipamentos de segurança. Vitor morreu no local.
"Todos os dias pela manhã antes de ir para o trabalho ele me dava um beijo e me mandava mensagem assim que chegava no trabalho para dizer que estava bem. Ele era muito carinhoso e cuidava muito bem de mim. Ele fazia tudo o que eu queria, pensava em mim antes mesmo de pensar nele. Era um verdadeiro príncipe, ele era um homem perfeito", acrescenta Juliana. "É muito difícil de acreditar no que aconteceu. Ainda não caiu a ficha", acrescenta a jovem.
O sepultamento de Vitor foi ontem, no Cemitério Municipal de São Vicente, no bairro Parque Bitaru.
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