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PA: Mãe confessa ter queimado filho de 7 anos por tomar achocolatado

Silva Júnior/Folha Imagem
Imagem: Silva Júnior/Folha Imagem

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém (PA)

18/02/2021 20h54

Uma mulher confessou que jogou água quente em uma das mãos do próprio filho de 7 anos, informou a Polícia Civil. Ela teria dito que fez isso para castigar o menino, por ele ter tomado todo o achocolatado que havia na casa.

O caso aconteceu ontem no município de Tailândia, no Pará, e revoltou profissionais de saúde do Hospital Regional, que procuraram a polícia para denunciá-la.

Hoje, no retorno do menor ao hospital, a mãe foi presa em flagrante. Na delegacia, Amanda Sousa Cruz, 22, teria confessado que jogou água quente no filho como castigo.

"Ela disse que estava de 'cabeça quente' e que quando estava fazendo o leite da filha menor viu que não havia mais achocolatado, porque o menino tinha tomado. Disse que fez isso com intuito de castigá-lo", contou o delegado João Fagioli, que fez a prisão, em entrevista ao UOL.

Amanda foi presa em flagrante pelo crime de lesão corporal grave, cuja pena máxima pode chegar a quatro anos, mas ela também está sendo investigada pelo crime de maus tratos.

"Por enquanto, o que podemos afirmar, até pelo exame de corpo de delito da criança, é que houve a lesão corporal grave, mas ainda não temos comprovação se o menor já vinha sofrendo maus tratos", esclarece o policial.

Ainda segundo o delegado, ela não tem antecedentes criminais, não há nenhum registro de ocorrência no Conselho Tutelar do município, nem foi constatada lesão antiga na perícia da criança, mas uma informação chamou a atenção da polícia.

"No depoimento, a criança disse que os castigos físicos eram comuns", lamentou.

Amanda é viúva, desempregada e vive com dois dos três filhos — a outra criança que mora com ela tem 3 anos. A terceira filha mora com um familiar do ex-marido.

Como não tem ninguém da família na cidade, o menino ficou sob a responsabilidade do Conselho Tutelar, que já o encaminhou para um abrigo, onde aguardará a decisão do Juizado da Infância.

O delegado disse que foi comunicado o caso para a Defensoria Pública, que deve designar um advogado para a suspeita.