Irmãs denunciam agressões em bar do Rio de Janeiro; gerente nega
Duas irmãs denunciaram à Polícia Civil do Rio de Janeiro que teriam sido agredidas por funcionários de um bar na Barra da Tijuca. As mulheres alegam que foram jogadas na calçada do estabelecimento a socos e empurrões. Uma delas disse ainda que perdeu parte de uma das córneas devido às supostas agressões.
As irmãs, que pediram para preservar suas identidades, registraram o caso na 16ª DP. Uma delas contou que, após pagar a conta no bar Void, pediram para carregar o celular para poder chamar um carro de aplicativo, por volta da 1h da última sexta-feira (19).
Enquanto esperavam, teriam sido abordadas por seguranças. "Eles disseram a minha irmã que se a gente não fosse consumir nada tinha que sair", relembrou.
"Ela que entrou para carregar o celular e eu fiquei na mesa porque estava com enxaqueca. De repente, ouvi aquele barulho de confusão e quando olhei estavam enforcando minha irmã. Corri para ajudar. Umas funcionárias se juntaram para nos bater", continuou.
"Ficamos muito machucadas. Fui ao hospital e me disseram que tinha perdido parte da córnea. Minha irmã ficou tão abalada que só consegui ir depor hoje", acrescentou.
O UOL procurou o bar Void para para comentar as acusações. O gerente do local, que se identificou apenas como Gabriel, rebateu os relatos.
"Essa história é a maior mentira. Essas moças chegaram aqui (bar) embriagadas. Elas que provocaram a confusão", afirmou.
Gabriel acrescentou que as irmãs teriam agredido uma funcionária do bar. "Uma delas deu um soco na nossa funcionária. E ficou com xingamentos racistas, chamando ela de 'preta', inclusive", disse.
Um novo depoimento das irmãs está previsto para hoje. O caso está sob responsabilidade do delegado Henrique Damasceno. Procurado, o investigador disse que não pode comentar o trabalho.
A Polícia Civil, no entanto, informou que as mulheres foram ao IML do Rio e já passaram pelo exame de Corpo de Delito.
O órgão acrescentou que o bar será acionado para contribuir com a investigação. "Foram requisitadas imagens das câmeras de segurança do local. Diligências seguem para identificar a autoria do crime", destacou, em nota.
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