Equipe de combate à covid encontra mulher em cárcere durante fiscalização
Uma equipe de fiscais que fazia patrulha no combate à covid-19 encontrou uma jovem de 19 anos em cárcere privado em um estabelecimento que continuava aberto mesmo com as medidas de restrição impostas no Espírito Santo.
O caso aconteceu no último sábado, 27, quando a equipe foi abordada por um homem em uma rodovia próxima à cidade de Alegre, no sul do estado, que falou sobre o funcionamento clandestino de um bar, alegando ainda que o local funcionaria como uma casa de prostituição.
De acordo com as informações da Polícia Militar, foi esse mesmo homem, não identificado, que falou sobre a vítima de 19 anos presa em cárcere privado.
A equipe foi até o local e, após uma vistoria, encontrou a vítima. O dono do local foi preso em flagrante pela PM, que junto ao Corpo de Bombeiros acompanhava a ronda dos fiscais.
"No local, após realizarem buscas, os militares encontraram a vítima que estava em um cômodo e trancada com uma corrente. A vítima informou que estava com medo e que confirmou que não podia sair do local pois era ameaçada pelo dono do estabelecimento", explicou a polícia em nota.
Em depoimento, a jovem contou que era agredida e ameaçada com uma faca pelo dono do bar há dois dias.
Os investigadores da Polícia Civil de Alegre informaram ao UOL que, segundo alegações das testemunhas, a vítima teria furtado dinheiro do local e não pago a quantia.
"Ela estava em situação deplorável. Estava machucada e imediatamente chamamos ajuda pra ela. O dono do bar foi interrogado e ele disse que não mantinha a mulher presa, mas que apenas pediu para ela pegasse o que havia roubado do local", contou um dos policiais a atender a ocorrência, que não quis ser identificado.
Depois de ser preso, o homem foi encaminhado à 6ª Delegacia Regional de Alegre.
A Polícia Civil disse que ele foi autuado em flagrante por exploração sexual, constrangimento ilegal e levado ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim.
A prefeitura informou ainda que o estabelecimento atuava de forma irregular (não contendo nenhum alvará de funcionamento). O proprietário foi notificado e o local lacrado no mesmo dia.
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