MPRJ vai pedir bloqueio de bens de Dr. Jairinho e Monique Medeiros
O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) informou hoje que vai pedir o bloqueio de bens do vereador Dr. Jairinho e de Monique Medeiros da Costa no âmbito da investigação da morte do menino Henry Borel, de 4 anos.
De acordo com o Ministério Público, o pedido será feito pela 2ª Promotoria de Justiça junto ao II Tribunal do Júri da Capital. O objetivo é garantir futuras indenizações do caso.
O promotor Fábio Vieira vai pedir indenização de pelo menos R$ 1,5 milhão em favor de Leniel Borel, pai de Henry, segundo a TV Globo. O pedido de bloqueio dos bens será feitopara evitar que Jairinho e Monique, mãe do menino, vendam seus patrimônios, não deixando dinheiro para indenizar Leniel.
O caso
Jairinho e Monique foram presos no dia 8 de abril. Os dois são acusados de serem os responsáveis pelo assassinato de Henry Borel, no dia 8 de março. De acordo com as investigações, a morte da criança foi causada por agressões do padrasto e pela omissão da mãe.
Os dois vão responder na Justiça pela morte do menino. Ele pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha; e ela por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.
Para o Ministério Público, a morte de Henry foi cometida por motivo torpe, por Jairinho acreditar que a criança atrapalhava sua relação com Monique.
Tortura de crianças
Além de ser investigado pela morte de Henry, Jairinho também é alvo de dois inquéritos da DCAV (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), que o indiciou no crime de tortura contra criança.
Um dos casos teria acontecido em 2015, contra o filho de três anos de uma ex-namorada do político. Segundo a polícia, o menino foi torturado mediante sufocamento com saco na cabeça, pisões no abdômen e uma grave fratura de fêmur - que o deixou imobilizado com gesso da cintura para baixo por cerca de dois meses.
O outro caso teria acontecido de 2010 a 2013, contra a filha de uma outra ex-namorada de Jairinho. Segundo depoimento prestado pela menina, que na época tinha de três a cinco anos, o político chegou a bater sua cabeça contra a parede de um banheiro em uma ocasião e a afundou na piscina em outra.
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