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Jairinho se defende na Câmara e diz que tinha 'relação afetiva' com Henry

Jairinho já foi expulso do partido Solidariedade e do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Divulgação/Câmara Municipal do Rio
Jairinho já foi expulso do partido Solidariedade e do Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro Imagem: Divulgação/Câmara Municipal do Rio

Igor Mello e Allan Brito

Do UOL, no Rio de Janeiro, e colaboração para o UOL

21/05/2021 18h55

O vereador Doutor Jairinho, que está preso há 40 dias, apresentou um documento para defender o próprio mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ele está detido por suspeita de envolvimento na morte do menino Henry Borel, de 4 anos, que aconteceu no dia 8 de março. Jairinho era padrasto do garoto e disse que tinha uma boa relação com ele.

O UOL teve acesso ao documento entregue pela defesa de Jairinho ao Conselho de Ética da Câmara. O advogado Berilo Martins da Silva Neto destacou que o vereador não foi julgado ainda, afirmou que o processo está apressado e citou o relacionamento "saudável" com Henry.

"Imperioso ressaltar ainda, que este advogado, traz ao conhecimento de Vossa Excelência importantes informações, era saudável a relação afetiva entre "Dr. Jairinho" e o Henry", cita o advogado no documento.

Jairinho foi afastado do cargo de vereador em 9 de maio, porque completou um mês preso. O advogado Berilo disse que é desnecessária a medida de cassação de mandato parlamentar e pediu o arquivamento do processo. "Até o presente momento sequer houve julgamento judicial do episódio denominado "Caso Henry", aliás, sequer se iniciou a instrução processual".

O documento apresentado pela defesa de Jairinho afirma ainda que a Câmara de Vereadores está se baseando em "matérias jornalísticas, clamor social e variadas investidas orbitadas".

Jairinho já foi expulso do partido Solidariedade e do Conselho de Ética da Câmara Municipal. Ele foi substituído pelo vereador Luiz Ramos Filho, que acabou sendo escolhido como relator do processo de cassação.

"Vamos analisar criteriosamente a defesa de Jairinho, para decidir se é necessário convocar testemunhas. Ainda que o vereador renunciasse ao mandato, não paralisaria o processo de cassação", explicou Ramos Filho.

"Agora, o conselho fará as diligências que considerar necessárias pelo prazo de 30 dias, que podem ser prorrogáveis por mais quinze", complementou o relator Ramos Filho, que depois disso terá 5 dias úteis para dar o parecer pela procedência ou arquivamento da representação.