Caseiro conta como foram os momentos em que ficou frente a Lázaro Barbosa

O caseiro Alain Reis Santana contou ao jornal "Correio Braziliense" como foram os momentos frente a frente com Lázaro Barbosa, morto após 20 dias de buscas pela polícia de Goiás. Ele disse que Lázaro era "um homem que tem coragem de matar mesmo. De doido, ele não tem nada".

Santana foi preso na semana passada ao lado do fazendeiro Elmi Caetano por suspeita de ajudar o fugitivo a se esconder do cerco policial no distrito de Girassol, em Cocalzinho (GO), mas foi solto por falta de provas. Ele passou a ser mais um a ajudar nas buscas.

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No seu depoimento à polícia, o caseiro afirmou que o fugitivo ficou mais de cinco dias no local e recebia comida. Ele negou que tenha ajudado Lázaro, o que o fez desconfiar que a ajuda vinha do próprio patrão.

Ele contou ao jornal que chegou à Fazenda do Caetano dois dias depois da chacina que matou quatro pessoas da mesma família no Distrito Federal, no dia 9 deste mês, e pela qual Lázaro é suspeito. No dia 18, ele terminava mais um dia de trabalho quando se deparou com Lázaro.

"Ele estava em pé, encostado na parede, carregando o celular na tomada. Quando me viu, ele tirou o celular e saiu andando, mas não correu. De primeira, fiquei em dúvida, porque tinha visto o noticiário poucas vezes".

Santana veria Lázaro novamente na fazenda. Na entrevista, ele relata que o fugitivo tinha um ferimento na perna e o ameaçou. Com "medo de morrer", ele conta ter despistado os policiais em uma tarde. Lázaro estava escondido, segundo ele, com uma espingarda apontada para o caseiro.

Na quinta-feira (24), o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda disse que foi formada uma "rede de proteção que apoia absurdamente" o fugitivo na região de Cocalzinho (GO).

O secretário disse ainda que a dupla presa pode ter participação em outros crimes cometidos por Lázaro Barbosa e que há "provas contundentes" disso, mas sem mencioná-las.

Apesar do ex-patrão de Lázaro ter afirmado que estaria tentando uma rendição do foragido, Rodney Miranda negou qualquer possibilidade ou que Lázaro tenha algum advogado negociando isso. "Não chegou nada até nós, isso é fake news", defendeu.

A PM de Goiás anunciou na semana passada um aplicativo para auxiliar nas buscas por Lázaro.