MP denuncia Dr. Jairinho por violência doméstica contra ex-namorada
Aviso de gatilho: Este texto fala sobre violência doméstica e contém descrições que podem ser sensíveis para algumas pessoas.
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou o ex-vereador da capital fluminense Dr. Jairinho por estupro, lesão corporal leve e grave e dano à saúde emocional. Os crimes teriam sido cometidos contra uma ex-namorada com quem Jairinho se relacionou de 2014 a 2020.
O documento enviado à Justiça aponta que Jairinho teria drogado a vítima e a estuprado em outubro de 2015. Em dezembro de 2016, o médico e ex-vereador teria agredido verbal e fisicamente a namorada, causando a fratura de um dedo do pé da mulher.
Agressões teriam voltado a acontecer em 2020, quando o casal passou um final de semana em Mangaratiba, no litoral do Rio de Janeiro. Na ocasião, o Ministério Público alega que ele teria agredido a então namorada de diversas formas após uma crise de ciúmes em função de um comentário nas redes sociais.
De acordo com o MP, a vítima sofria de ansiedade e teve episódios de taquicardia em função das recorrentes ameaças e ofensas morais causadas por Jairinho.
A lista de abusos não para por aí. A denúncia fala ainda que o ex-vereador rondava a casa da vítima, surgia de forma abrupta onde ela estava e a obrigava a ir embora, observava a namorada pela janela de sua residência sem que ela soubesse, ligava inúmeras vezes para ela com o objetivo de controlá-la, exigia que ela o atendesse de madrugada para se certificar que estava sozinha, invadia seu domicílio, ameaçava a namorada e seus filhos, obrigou-a a deixar seu emprego, menosprezava a vítima e, depois de agredi-la fisicamente, negava e diz que ela estava louca.
Os fatos relatos pelo MP-RJ vieram à tona depois do Dr. Jairinho ser preso pela morte do enteado, o menino Henry Borel, que tinha apenas quatro anos. Ele e a mãe da criança, Monique Medeiros, são réus pelo crime e estão presos preventivamente. Jairinho também teve o mandato de vereador cassado.
Monique Medeiros e Dr. Jairinho, no entanto, negam envolvimento no assassinato da criança.
O UOL entrou em contato com a defesa do Dr. Jairinho e aguarda um posicionamento.
Como procurar ajuda
Se você está sofrendo violência doméstica ou conhece alguém que esteja passando por isso, pode ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo Whatsapp no número (61) 99656-5008.
Para denunciar, procure a delegacia próxima de sua casa ou então faça o boletim de ocorrência eletrônico, pela internet. Outra sugestão, caso tenha receio de procurar as autoridades policiais, é ir até um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) da sua cidade. Em alguns deles, há núcleos específicos para identificar que tipo de ajuda a mulher agredida pelo marido precisa, psicológica ou financeira, por exemplo, e dar o encaminhamento necessário.
Também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
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