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'Lamentável', diz Ricardo Nunes sobre estátua incendiada de Borba Gato

Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lamenta ato que incendiou estátua do Borba Gato - Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lamenta ato que incendiou estátua do Borba Gato Imagem: Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

24/07/2021 22h51Atualizada em 24/07/2021 23h10

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lamentou hoje que a estátua de Borba Gato tenha sido incendiada. Vídeo publicado nas redes sociais mostra o momento em que um grupo coloca pneus em volta da estátua, instalada na praça Augusto Tortorelo de Araújo, no distrito de Santo Amaro, em São Paulo.

Em mensagem nas redes sociais, o prefeito disse que nada justifica o comportamento e classificou a ação como um "ato de vandalismo". Ele termina a mensagem pedindo mais união e tolerância.

Ricardo Nunes lamenta ato que incendiou estátua do Borba Gato - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Um grupo intitulado Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Ontem, em seu perfil no Instagram, integrante do grupo compartilharam uma ação em que colaram lambe-lambes com a questão "Você sabe quem foi Borba Gato?" em postes da capital.

Em nota divulgada hoje, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a polícia está realizando diligências para encontrar imagens e informações que possam ajudar na identificação e localização de quem particpou do ataque.

Inaugurada em 1963, a estátua de Manuel de Borba Gato, assinada por Júlio Guerra, é um dos monumentos mais controversos do país. Ele foi um dos bandeirantes paulistas que, segundo estudos como o do livro "Vida e Morte do Bandeirante", de Alcântara Machado, lançado em 1929, exploraram territórios no interior do país, capturando e escravizando indígenas e negros encontrados pelo caminho, quando não os matavam em confrontos sangrentos, dissipando etnias entre os séculos 16 e 17. Também estupraram e traficaram mulheres indígenas, além de roubar minas de metais preciosos nos arredores da aldeia.

Em 2016, a estátua de Borba Gato já havia sido atacada com um banho de tinta.