Empresária suspeita de envolvimento na morte de namorado voltará à prisão
O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) mandou prender novamente a empresária Anne Cipriano Frigo, de 46 anos. Ela é suspeita de ser mandante da morte do namorado Vitor Lucio Jacinto, de 42, e havia sido solta na quarta-feira passada (11) com a justificativa que a manutenção da prisão preventiva era "excessiva".
Em decisão assinada pelo juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, da 3ª Vara do Júri da Justiça de São Paulo, o pedido de revisar a prisão preventiva do corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, apontado como autor do assassinato, deve ser analisado.
Anne havia sido solta porque, anteriormente, o entendimento da Justiça era o de que não haviam indícios que ela voltaria a voltar a cometer crimes. Apesar do alvará de soltura, a empresária deveria cumprir medidas cautelares como entregar seu passaporte à Justiça, a proibição de deixar sua casa aos fins de semana e feriados e a proibição de frequentar estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas. Agora, a empresária deverá retornar ao sistema prisional.
Ela é suspeita de ter mandado matar o namorado no dia 17 de junho. Em depoimento cedido em 30 de junho deste ano no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Anne negou que tenha pagado para matar o companheiro.
Na época, ela e o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza tiveram prisão de 30 dias decretada pela Justiça. Em depoimento, a empresária confirmou que pagou R$ 200 mil a Carlos, mas por um dossiê que ela teria encomendado sobre um ex-marido.
"A gente tem certeza do envolvimento dela. Ela está negando, mas é tudo tese de defesa. Ela está bem assistida. Dizendo que tudo partiu do próprio Carlos", afirmou na ocasião o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP.
Já Carlos Alex afirmou que matou a vítima a mando da empresária. A motivação para o crime teria sido uma suposta traição conjugal cometida por Vitor Lúcio, ex-segurança de restaurante que conheceu Anne Frigo em um aplicativo de paquera.
A empresária era dona do Museu da Imaginação, mas se desligou da instituição em dezembro do ano passado, de acordo com nota da instituição. A família atua no setor de papelão e tem indústrias e também negócios e muitas propriedades em Itatiba (SP).
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