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Mulher é presa suspeita de mandar matar marido em frente a academia em MT

O empresário Toni da Silva Flor, que morreu aos 38 anos, e a então esposa, Ana Cláudia Flor - Reprodução/Facebook
O empresário Toni da Silva Flor, que morreu aos 38 anos, e a então esposa, Ana Cláudia Flor Imagem: Reprodução/Facebook

Aliny Gama

Colaboração para o UOL

19/08/2021 13h37

A mulher do empresário Toni da Silva Flor, que morreu aos 38 anos, foi presa hoje, em Cuiabá, na investigação apura se ela foi mandante do assassinato do próprio marido, na porta de uma academia, no dia 11 de agosto de 2020. Hoje, a Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou ação para cumprir três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão determinados pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

Segundo a polícia, os presos são investigados de intermediar e matar o empresário. Ana Cláudia Flor é suspeita de ser a mandante do assassinato do marido, que morreu ao ser atingido por tiros enquanto chegava a uma academia em Cuiabá. A polícia não informou a motivação do crime.

Toni Flor tinha uma empresa de representação de produtos alimentícios para supermercados, a TF Representações. O casal teve três filhas, de cinco, sete e dez anos, durante o relacionamento que durou 15 anos.

Ana Cláudia foi presa no início da manhã de hoje, na casa onde reside, em um condomínio no bairro Jardim Imperial, em Cuiabá. A polícia não informou se ela apresentou algum advogado para fazer a defesa dela e se ela já prestou depoimento, pois as equipes da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) envolvidas na operação Capciosa ainda estão em diligência. A matéria será atualizada assim que houver contato com a defesa.

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Imagem: Reprodução/Facebook

A polícia não divulgou os nomes dos suspeitos que estão emitidas as ordens de prisão. Os trabalhos estão sendo coordenados pelo delegado Marcel Oliveira, sob a supervisão do delegado titular da DHPP, Fausto Freitas.

No dia 11 de agosto, a equipe da DHPP cumpriu um mandado de prisão expedido pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá contra um dos envolvidos no crime, Igor Espinosa, de 26 anos, identificado durante as investigações como autor dos disparos. O UOL procurou a defesa dele, na manhã de hoje, mas não teve retorno.

Segundo a polícia, Igor confessou o assassinato do empresário, mas não informou que seria o mandante. O preso informou durante depoimento que o alvo dos tiros era o empresário e não outra pessoa. Na época do assassinato, a mulher de Toni afirmou que ele teria sido morto ao ser confundido com um PRF (Policial Rodoviário Federal), ainda segundo a corporação.

O delegado Marcel Oliveira destacou que prosseguiu com as investigações e chegou ao executor do crime, que delatou os nomes dos demais supostos envolvidos no crime.

O homem que confessou ter atirado e matado o empresário tem uma ficha extensa na polícia e Justiça, por crimes de tráfico de entorpecentes, roubos e receptação de veículos, porte ilegal de arma de fogo e uso de documento falso. Em 2017, quando estava preso na Penitenciária Central do Estado ele comandava um grupo criminoso dando ordens pelo WhatasApp, segundo a polícia.

O assassinato

O empresário Toni da Silva Flor tinha acabado de chegar a uma academia no dia 11 de agosto do ano passado, no bairro Santa Teresa, quando foi abordado ainda no estacionamento por um homem que estava em frente ao estabelecimento, que o chamou pelo nome.

Segundo a polícia, o empresário nem chegou a responder e já foi atingido por quatros tiros de arma de fogo. Mesmo ferido, Toni conseguiu correr para dentro da academia, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Cuiabá, foi submetido a uma cirurgia, mas morreu dois dias depois.

A Polícia Civil de Mato Grosso explicou que o nome da operação, "Capciosa", decorre de "algo ou alguém que procura enganar, induzindo ao erro. Uma pessoa com um comportamento capcioso tem a intenção maliciosa de confundir e enganar alguém, utilizando de astúcia, sedução e esperteza".