RJ: Polícia investiga assassinato de meninos desaparecidos por traficantes
A Polícia Civil do Rio de Janeiro admitiu pela primeira vez que trabalha com a hipótese de que os três meninos desaparecidos em Belford Roxo, em dezembro do ano passado, foram mortos pelo tráfico de drogas da comunidade do Castelar, na Baixada Fluminense.
O delegado Uriel Alcântara, da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), responsável pela investigação, afirmou em uma live com o deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL) que outras linhas de investigações já foram descartadas. Segundo ele, o crime teria sido motivado pelo furto de uma gaiola com passarinho.
"A investigação amadureceu bem naquilo que seria possível, temos alguns pontos muito comprovados, não temos todos os fatos elucidados, mas o que temos comprovado é tudo muito firme e consiste. A gente precisa caminhar um pouco mais nessa investigação que já se encontra madura. Outras possibilidades foram descartadas e se trabalha com a responsabilidade de o tráfico de drogas ter matado essas crianças."
Lucas Matheus, 9, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique, 12, sumiram em 27 de dezembro. Eles foram vistos pela última vez na feira de Areia Branca, em Belford Roxo. Os meninos foram gravados por uma única câmera de segurança quando estavam a caminho da feira. Ao menos duas testemunhas confirmaram à polícia terem vistos os garotos no local.
Furto de passarinho motivou crime, investiga polícia
A polícia diz acreditar que os meninos foram mortos dentro da comunidade, depois que retornaram da feira.
"A gente trabalha com a possibilidade de subtração, de furto de uma gaiola com passarinho e, em razão disso, o tráfico teria pegado essas crianças. A gente não sabe como teria ocorrido, mas a gente sabe que, em razão disso, elas foram pegas e mortas dentro da comunidade."
A polícia também investiga se traficantes ocultaram corpos dos meninos.
No mês passado, a DHBF vasculhou um trecho do rio Botas, em Belford Roxo, à procura de vestígios dos meninos.
Na ocasião, uma testemunha informou que os corpos das crianças foram jogados no rio dentro de sacos plásticos. Uma ossada foi encontrada na região, mas o laboratório da Polícia Civil descartou que os fragmentos fossem humanos.
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