Babá que pulou de janela para fugir da patroa diz que agiu por 'desespero'
A babá que pulou do 3º andar de um prédio em Salvador para escapar de um suposto cárcere privado em Salvador contou à TV Bahia, afilada da Globo na região, que a patroa a agrediu "diversas vezes" e que restringiu a sua alimentação enquanto ela estava na casa. Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos, fugiu o imóvel por uma janela, caiu e bateu no parapeito do segundo andar antes de atingir o térreo.
"[As agressões] começaram porque eu falei para ela que não dava mais para mim, que eu ia sair na quarta-feira (25). Aí ela falou: 'Vou te mostrar, vagabunda, se você sai'. E começou a me agredir", contou à TV.
Raiana teria conseguido uma outra oportunidade de trabalho e pediu demissão para a patroa. Entretanto, a empregadora não teria aceitado trancando-a em um banheiro.
"Ela me batia, puxava meu cabelo, me mordeu. Várias agressões... Batia mesmo, de dar murro, dava tapa."
Segundo Raiana, a decisão de pular do terceiro andar veio após o "desespero de fugir de alguma forma". "Ela me trancou no banheiro pela manhã e foi quando veio o desespero de fugir de alguma forma. Quando eu vi o basculante do banheiro eu tentei sair. Achava que eu alcançava a outra janela, mas não alcancei. Então eu fui e me soltei. Fiquei pendurada por um tempo e me soltei e cai."
A jovem ainda afirma que desde terça-feira (24) estava sem comer e sem beber água e que só conseguiu se alimentar após deixar a casa. "Ela não deixava", revelou.
O caso
Raiana deu entrada na emergência do HGE (Hospital Geral do Estado), na manhã de ontem, com suspeita de fratura nas pernas e escoriações pelo corpo. Ela morava na residência da família há oito dias.
A PM (Policia Militar) foi acionada pela ex-patroa porque a babá teria supostamente agredido uma das três crianças que vivem no apartamento. Policiais militares da 39ª Companhia Independente da estiveram no local e levaram a mãe e a criança para a Derca (Delegacia Especializada de Repressão a Crime contra Criança e Adolescente), onde a suposta agressão será investigada.
Antes de começar a trabalhar como babá para a família, a mulher residia no município de Itanagra (BA), a 150 km de Salvador, e, desempregada, viu o anúncio de emprego na internet. Ela acertou o trabalho por telefone e só conheceu os empregadores quando chegou na capital baiana.
Raiana está internada e não corre risco de morte.
*Com colaboração de Aliny Gama
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