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Morre mulher que teve 30% do corpo queimado após tentar cozinhar com álcool

Geisa Estefanini, de 32 anos, não resistiu aos ferimentos provocados pelas queimaduras - Reprodução/Rede Sociais
Geisa Estefanini, de 32 anos, não resistiu aos ferimentos provocados pelas queimaduras Imagem: Reprodução/Rede Sociais

Do UOL, em São Paulo

28/09/2021 14h17

Uma mulher de 32 anos que teve o corpo queimado após tentar cozinhar utilizando álcool combustível em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo, morreu ontem. A morte foi confirmada ao UOL por um familiar que preferiu não se identificar.

Geisa Estefanini utilizou álcool no lugar de gás de cozinha, por não ter dinheiro para comprar botijão. Ela teve 30% do corpo queimado e não resistiu aos ferimentos provocados pela queimadura. De acordo com a família, ela teve queimaduras de 3º grau na região da caixa toráxica e outras nos pés, em um braço e de um lado do rosto.

"Ela acabou morrendo por uma broncopneumonia. Ela tinha anemia, passou por transfusão de sangue para conseguir receber o tratamento, mas os pulmões já não estavam respondendo", contou o familiar.

A vítima estava internada na Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital Geral de Vila Penteado, na Zona Norte da capital.

Na hora do acidente, ela estava com o filho mais novo, Lucas, de apenas 7 meses. Ele também teve ferimentos, mas já recebeu alta e está com o pai.

Ainda segundo o familiar, Geisa era mãe de outros quatro filhos, que não moravam com ela. "O sonho dela era reunir os filhos de novo, depois que ela conseguiu a moradia social. Acho que ela morreu um pouco por isso também, por desgosto", contou o familiar.

O acidente aconteceu no dia 2 de setembro. A proprietária do imóvel que Geisa morava contou que ela optou por utilizar o álcool na cozinha por não ter dinheiro para comprar um botijão de gás.

"Ela estava sem dinheiro para comprar o gás. Eu vi ela fazendo isso já há uns dois dias", comentou a mulher, identificada apenas como Mônica. "Ela estava fazendo comida e a mamadeira para o bebê. E aí então explodiu".

*Com informações do Estadão Conteúdo