Vítima de estupro coletivo em GO pediu socorro, mas não recebeu ajuda
A jovem, de 25 anos, vítima de um estupro coletivo em Águas Lindas de Goiás, disse em depoimento à polícia que pediu por socorro nos momentos em que foi abusada sexualmente, mas não foi atendida por nenhum participante da festa.
O caso aconteceu no sábado (9) e tem a suspeita do envolvimento de um subtenente da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal) e outros cinco homens.
Para polícia, a vítima contou que foi convidada por um amigo para participar de uma festa. Na manhã do sábado foi convidada por duas mulheres para dormir no quarto, já que o evento duraria até domingo.
A jovem contou que após entrar no quarto, as mulheres saíram do local e um homem, que seria o subtenente entrou. "Ao retirar a roupa, a vítima visualizou uma arma de fogo [com o agente] e logo em seguida, ele retirou a roupa da vítima", diz o boletim de ocorrência. Depois disso, o suspeito a estuprou.
Antes de sair, o agente, Irineu Marques Dias, deixou a arma dentro do guarda-roupa. Depois disso, mais dois homens entraram e a violentaram sexualmente e, em seguida, mais um suspeito. O subtenente entrou em seguida e a estuprou novamente.
"Quando finalmente pensava estar livre de toda a violência, o primeiro autor retornou ao quarto" e, mais uma vez, a abusou sexualmente. Depois, mais um homem entrou no quarto e estuprou a jovem, "num esquema de revezamento", explica o boletim de ocorrência.
Em um momento de distração dos suspeitos, a jovem conseguiu fugir e pedir ajuda. A polícia atendeu a vítima no Hospital Municipal Bom Jesus, onde foi levada pelo Corpo de Bombeiros.
Exames feitos pelo IML (Instituto Médico Legal) já mostraram que a jovem sofreu estupro coletivo. O subtenente e dois dos suspeitos foram presos pela polícia no sábado.
Procurada pelo UOL, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que aguarda a "conclusão do inquérito para dar prosseguimento às apurações" e tomar as medidas pertinentes. Como está preso, a corporação disse que o subtenente está afastado das atividades.
A PM disse que não "compactua com quaisquer desvios de condutas, menos ainda com ações que configurem crimes".
Outros três homens ainda não foram identificados. A polícia também está em busca das duas mulheres que teriam levado a jovem para o quarto.
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