Presidente da Câmara de SP expulsa dois manifestantes durante sessão tensa
O presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (DEM-SP), expulsou ao menos dois manifestantes que acompanhavam a sessão que discute a reforma da previdência municipal. A justificativa foi de que eles teriam agredido outras pessoas que também estavam no local. O incidente ocorreu enquanto o vereador Senival Moura (PT-SP) discursava na tribuna do plenário.
Olha aí a selvageria. Olha aí a selvageria. Vereador Senival Moura sobre confusão em galeria da Câmara
Em seguida, Leite pediu para o colega interromper o seu discurso e solicitou à segurança que expulsasse os manifestantes que teriam agredido outras pessoas.
"Vereador, segura um pouquinho. Eu peço que a segurança conduza essa senhora para fora. Essa senhora. Conduza esse senhor de jaqueta preta também. Não pode agredir os outros", disse Leite, irritado.
Não vou tolerar, aqui, que alguém agrida aos outros. Não vou tolerar. Vai embora. Você foi provocar os demais. Peço que retire da galeria. A manifestação é livre. Agressão aqui dentro da Câmara não. É intolerável. Milton Leite
A sessão —já marcada por protestos, confusão e troca de xingamentos entre os próprios vereadores— foi interrompida por alguns minutos até que os dois manifestantes fossem expulsos pela segurança e a tranquilidade restabelecida.
Confusão do lado de fora
Servidores públicos da cidade de São Paulo também tentaram derrubar o portão no início da noite desta quarta-feira (10), e ameaçaram invadir a Câmara Municipal. A GCM (Guarda Civil Metropolitana) interveio com bombas de gás lacrimogêneo e recebeu apoio da Polícia Militar.
Bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas por guardas da GCM (Guarda Civil Municipal) para dispersar o grupo. Funcionários e a reportagem do UOL, que estavam parados na porta do estacionamento da Câmara, foram orientados a entrar no prédio por segurança. Nas palavras de um agente à reportagem, "o couro estava comendo".
O vidro da entrada principal da Câmara foi quebrado por pedras arremessadas e fogos de artifício disparados. A situação foi controlada por volta das 19h, mas os servidores seguem no Viaduto Maria Paula, no centro de São Paulo.
A Polícia Militar fez um cordão para avançar e tentar dispersar os manifestantes e desbloquear a rua. Os servidores que participam do protesto tentaram argumentar com os policiais, outros fazem uma barricada com fogo para bloquear a via.
Em nota, a PM informou que apenas dá apoio à GCM e não houve prisões. A entrada principal da casa legislativa, no Viaduto Jacareí, ficou fechada. A segunda entrada, na rua Santo Antônio, só ficou com acesso de servidores da própria Câmara Municipal.
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