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Governo de SP vira alvo de ação após caso de jovem arrastado por PM de moto

Jhonny Italo da Silva, o jovem de 18 anos arrastado por um PM de moto em um vídeo que circulou nas redes sociais - Reprodução
Jhonny Italo da Silva, o jovem de 18 anos arrastado por um PM de moto em um vídeo que circulou nas redes sociais
Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

05/12/2021 19h40

O governo do estado de São Paulo se tornou alvo de uma ação civil pública por conta do caso do jovem negro que foi algemado e puxado por um policial militar de moto no último dia 30.

A ação foi proposta pela ong Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo.

"A Polícia Militar do Estado de São Paulo, em manifestação explícita de racismo estrutural e institucional, violou a um só tempo os princípios e finalidades que devem orientar o serviço de segurança pública e os direitos fundamentais difusos de toda a população negra do estado e do país", afirma o texto.

Na ação, as organizações pedem a adoção de medidas de equidade e práticas antirracista por parte do estado de São Paulo, "acompanhadas do dever de indenizar por danos morais coletivos".

Relembre o caso

O episódio aconteceu na avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, na zona leste da capital paulista.

Procurada pelo UOL, a Polícia Militar afirmou que "imediatamente após tomar ciência das imagens, determinou a instauração de um inquérito policial militar" para apurar a conduta do policial, que não teve a identidade revelada. Ele foi afastado do serviço operacional durante a investigação.

Em entrevista ao Uol na última quinta-feira, Fábio Costa, advogado do PM que prendeu o jovem à moto, afirmou que, segundo seu cliente, o rapaz de 18 anos teria dito ao agente que iria "correr uma maratona".