Morte de universitária em passeio de lancha será investigada como homicídio
A morte da universitária do curso de medicina veterinária Yasmin Cavaleiro de Macêdo, 21, durante um passeio de lancha em Belém, passou a ser investigada pela Delegacia de Homicídios. A informação foi confirmada hoje pela Polícia Civil. O caso estava sendo apurado como acidente, na Delegacia de Polícia Fluvial, mas foi transferido hoje para a divisão especializada nesse tipo de crime.
A polícia não esclarece o que levou a investigação a considerar o episódio como possível homicídio e aguarda exame necroscópico no corpo para desvendar a causa da morte.
Yasmin desapareceu nas águas do rio Maguari, no local conhecido como "Furo do Maguari", por volta das 22h do domingo (12). Ela participava de uma comemoração em uma lancha com um grupo de amigos. O corpo foi encontrado no dia seguinte, no mesmo local, a 11 metros de profundidade.
O corpo da jovem foi sepultado hoje em um cemitério da região metropolitana de Belém, com a presença de familiares e amigos. Yasmin Cavaleiro também era digital influencer da área de lifestyle e a morte dela gerou comoção nas redes sociais.
Segundo o advogado da família, Afonso Silva, há várias contradições nas declarações de pessoas que estavam na lancha. "Uma delas deu três versões para o que aconteceu. Primeiro, disse que Yasmin teria ido na água urinar, depois que ela estava se segurando na proteção do barco e caiu. Por fim, disse que não a viram cair e que só deram falta dela depois. Outras pessoas ainda disseram que ela tinha bebido", contou.
O advogado refuta todas as hipóteses. Segundo ele, a vítima não sabia nadar e não tinha o hábito de ingerir bebiba alcóolica. "Inclusive recebemos videos de seguidores dela, de momentos antes do fato, em que dá para perceber que ela não está alcoolizada. Ela aparece mexendo no celular. Como ela iria pular se ela nem sabia nadar?", questiona.
Ainda de acordo com Afonso Silva, o piloto da embarcação não teria habilitação e a morte só foi comunicada à família e à polícia muito tempo depois do desaparecimento. "Yasmin desapareceu por volta das 22 horas, mas o fato só foi comunicado às 5 da manhã. Por que esperaram tanto tempo para avisar?".
O defensor pediu à polícia que fosse solicitado o exame de alcoolemia e o toxicológico no corpo da vítima, além da perícia na embarcação e a cessão das imagens das câmeras de segurança da marina.
Em nota divulgada nas redes sociais, a Grand Marine lamentou o falecimento de Yasmin Cavaleiro e informou que está colaborando com as autoridades que estão apurando os fatos.
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