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Chuvas causam mais cinco mortes em MG; mais de 10 mil são desalojados

Ruas da cidade de Porteirinha, no norte de Minas Gerais, ficaram alagadas após fortes chuvas - Corpo de Bombeiros de Minas Gerais/Divulgação
Ruas da cidade de Porteirinha, no norte de Minas Gerais, ficaram alagadas após fortes chuvas Imagem: Corpo de Bombeiros de Minas Gerais/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

12/01/2022 11h12Atualizada em 12/01/2022 17h56

Cinco pessoas morreram e mais de 10 mil tiveram de deixar suas casas nas últimas 24 horas em razão das chuvas que atingem Minas Gerais. Ao todo, 24 pessoas perderam as vidas desde início do período chuvoso, sem contar as vítimas da rocha caiu de um paredão em um cânion em Capitólio.

De acordo com boletim da Defesa Civil, as novas mortes aconteceram em Ouro Preto (1), Perdigão (2), Santana do Riacho (1) e Contagem (1). Ao todo, 341 dos 853 municípios do estado estão em situação de emergência.

O órgão informou que 3.992 pessoas estão desabrigadas, 511 nas últimas 24 horas, e 24.610 estão desalojadas —10.854 a mais que ontem. A diferença é que o primeiro grupo vai para habitações temporárias públicas, enquanto o segundo, vai para casa de parentes ou amigos.

Desde outubro do ano passado —quando teve início o período chuvoso—, a Defesa Civil contabiliza 24 mortos em razão das enchentes em 17 cidades:

  • Uberaba - 1 morte
  • Coronel Fabriciano - 1 morte
  • Nova Serrana - 1 morte
  • Engenheiro Caldas - 1 morte
  • Pescador - 1 morte
  • Montes Claros - 1 morte
  • Betim - 1 morte
  • Belo Horizonte - 1 morte
  • Dores de Guanhães - 2 mortes
  • São Gonçalo do Rio Abaixo - 1 morte
  • Ervália - 1 morte
  • Caratinga - 2 mortes
  • Brumadinho - 5 mortes
  • Ouro Preto - 1 morte
  • Perdigão - 2 mortes
  • Santana do Riacho - 1 morte
  • Contagem - 1 morte

Os estragos da chuva

As chuvas que atingem Minas desde o fim de dezembro, deixando diversas cidades com cheias, se intensificaram no segundo fim de semana de janeiro. A força das águas resultou em mortes, moradores ilhados, pontes danificadas e barragem com risco de rompimento iminente. A previsão indica que as chuvas persistirão ao longo desta semana.

O caso mais grave aconteceu em Capitólio, no sudoeste de Minas Gerais. Lá, dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas após uma rocha de um cânion desabar durante um passeio de lanchas.

Apesar de as investigações ainda estarem analisando as causas do acidente, uma das hipóteses é que as fortes chuvas tenham contribuído para a queda de parte do paredão sobre as embarcações.

Famílias ilhadas

Em Conceição do Pará, famílias que moram na fazenda Condessa estão ilhadas há três dias, sem previsão de deixar o local.

Ainda há risco de rompimento da barragem da Usina do Carioca, no município de Pará de Minas, e o nível dos rios continua alto após as fortes chuvas que atingiram a região no domingo (9).

A recomendação das autoridades é para que as famílias permaneçam em casa, ainda que estejam fora do fluxo de deslocamento das águas em caso de rompimento. Como a barragem — responsabilidade da empresa Santanense— pode romper a qualquer momento, pessoas que estão próximas a rios são potenciais vítimas.

*Com informações de Wanderley Preite Sobrinho e Lola Ferreira