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Médica é agredida por casal após pedir exame para dar atestado de covid

Médica foi agredida após paciente se recusar a fazer teste de covid-19 - Reprodução / TV Anhanguera
Médica foi agredida após paciente se recusar a fazer teste de covid-19 Imagem: Reprodução / TV Anhanguera

Do UOL, em São Paulo

29/01/2022 13h43Atualizada em 30/01/2022 10h58

Uma médica foi agredida dentro de um hospital, em Novo Gama (GO), após pedir que um casal fizesse um teste rápido contra a covid-19 antes de dar um atestado a eles. As agressões só pararam após a interferência de outras pessoas que estavam no local.

O caso aconteceu na noite de quinta-feira (27). A médica foi atingida por puxões de cabelo e socos no rosto. Os suspeitos foram levados à delegacia pela Guarda Civil Municipal.

Um vídeo, que flagrou o momento das agressões, mostra um homem usando uma camisa de futebol dando golpes na médica, que caiu no chão. Ela foi identificada como Sabrina Ribeiro.

As agressões começaram após a paciente, que estava com suspeita de covid, ficar nervosa quando a médica pediu exames que pudessem comprovar a doença, segundo informações da TV Globo.

Em entrevista ao STB Brasília, o médico Paulo Felipe, que testemunhou o caso, afirmou que Gabriel Lacerda, marido da médica, também foi agredido ao tentar separar a briga.

"O que aconteceu ontem foi um ato desprezível e covarde contra os profissionais médicos, mas não só, como a todos os profissionais de saúde da unidade e os que fazem atendimento na linha de frente. Quando a gente tem uma agressão dessa, isso fere muito nosso sentimento".

Ainda de acordo com Paulo Felipe, o casal chegou na unidade no período da tarde. A paciente dizia que estava com covid-19 e que teria feito um teste de farmácia. Ao pedir os resultados, a paciente afirmou ter perdido os exames e a médica pediu um novo teste, mas a mulher se recusou e ficou agressiva.

Por conta das agressões, a suspeita é que Sabrina tenha sofrido um traumatismo craniano.

Repúdio

A Prefeitura de Novo Gama emitiu uma nota de repúdio em que afirma que o caso está sendo apurado pela polícia após as "devidas providências judiciais".

"Nossos profissionais merecem nada menos que respeito, direito garantido pela Constituição, para todos os profissionais e cidadãos, conforme as Leis que tipificam os seguintes crimes: Ameaça - Art. 147; Constrangimento ilegal Art. 146; e Lesão corporal - Art. 129". A prefeitura ainda citou o crime de desacato, no artigo 331.

O UOL tentou contato com o marido de Sabrina, Gabriel Lacerda, e com a Polícia Civil, mas ainda não tivemos retorno.