Caso Moïse: 'Tudo indica que crime foi por ser negro e pobre', diz promotor
O promotor Alexandre Murilo Graça, que atua na investigação do assassinato do congolês Moïse Kabagambe, disse acreditar que o crime tenha motivação racial.
"Tudo indica que o crime foi praticado pelas características da vítima, por ser negro, por ser pobre", disse ele em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, veiculada nesse domingo.
Graça também afirmou ao programa que as investigações não apontam, até o momento, que a milícia esteja envolvida no caso. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes levantou a possibilidade ontem em post nas redes sociais.
Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi morto a pauladas no último dia 24 no quiosque Tropicália, no posto 8 da Barra da Tijuca. Segundo a família, ele foi até o local cobrar o pagamento de duas diárias de trabalho como garçom, que somavam R$ 200.
Câmeras de segurança do quiosque mostram os agressores que batem na vítima mesmo estando ela imobilizada e imóvel no chão. Três suspeitos foram presos temporariamente na semana passada, por homicídio duplamente qualificado, com aplicação de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
A Prefeitura do Rio anunciou hoje que vai transformar os quiosques Tropicália e o vizinho, Biruta, em um memorial em homenagem às culturas congolesa e africana. De acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, a gestão de um dos quiosques será oferecida aos familiares de Moïse.
Novas imagens mostram Moïse sozinho e desacordado por 21 minutos até Samu chegar
O UOL teve acesso à íntegra das gravações feitas pela câmera de segurança do quiosque Tropicália, analisadas pelos investigadores. São três horas ininterruptas de imagens, das 22h25 de 24 de janeiro até as 1h26 do dia 25.
O material, inédito, mostra Moïse sozinho, amarrado e desacordado por 21 minutos após a sessão de agressões ao lado do quiosque. As imagens também revelam que o Samu tentou reanimar o congolês por 25 minutos.
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