Chuva e frio: Ciclone derruba temperaturas e esconde Sol no Sul e Sudeste
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta para chuvas intensas e nova frente fria nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. Parte da queda nas temperaturas no Sudeste também está sendo impulsionada por ciclone recém-chegado à região do Atlântico Sul, próximo ao Rio Grande do Sul.
A notificação do Inmet se baseia nos eventos meteorológicos ocorridos em janeiro, que registraram volumes excepcionais de chuva em todo país.
Ontem (6), uma frente fria chegou a São Paulo e, ao longo da semana, deve entrar em contato com corredor de umidade da Amazônia e resultar em uma nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que deve trazer dias consecutivos de instabilidade e chuva forte. A Metsul também emitiu alerta para possíveis alagamentos em áreas urbanas, inclusive, da Região Metropolitana. Além disso, há risco de vendavais e muitos raios.
A ZCAS deve se formar com uma frente fria em Minas Gerais, que deve enfrentar mais um período de chuvas volumosas após uma série de tragédias que atingiram o estado no último mês. A média de chuva para o mês no estado é de 329,1mm, mas foram registrados 582 mm apenas em Belo Horizonte, 60,5% acima do esperado.
Intensas pancadas de chuvas também são aguardadas nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas devem ocorrer de modo isolado e com tempestades.
A partir de hoje (7), a frente fria amplia sua atuação entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sul do Espírito Santo onde deverá atuar ao menos até a sexta-feira (11), marcando um novo episódio de ZCAS. Assim, serão vários dias seguidos de muitas nuvens e pulsos de chuva forte que ao final do período poderão gerar volumes muito altos.
São esperados volumes de 200 a 250 mm em áreas do Centro/Sul de Minas Gerais e Oeste do Rio, principalmente, em áreas serranas. O fenômeno meteorológico deve ocorrer de forma mais isolada com volumes de até 300 mm. O volume normal mensal para fevereiro é de pelo menos 200 mm nessas regiões.
Já o ciclone - formado por sistema de baixa pressão atmosférica - está alavancando a chegada do ar frio e o levando ao Sudeste. Ele começou sua trajetória marítima no último sábado (5), na altura da Foz do rio da Prata e deve alcançar o Uruguai e o Rio Grande do Sul.
Ele não provocará chuvas intensas no território gaúcho, mas a circulação do vento ao seu redor vai alavancar a chegada de um sistema de alta pressão atmosférica, uma massa de ar mais seco e ameno, que será responsável pela queda na temperatura em todo o Sul neste começo de semana.
São esperadas também agitações no mar em torno da costa do Rio Grande do Sul, especialmente entre as regiões do Chuí e Tramandaí. Modelos projetam que as ondas poderão alcançar entre 2,5 a 4 metros próximo da costa.
O MetSul indica. para o Rio Grande do Sul. a chegada de ventos fortes, com rajadas de 80 km/h no litoral, o que deve, consequentemente, prejudicar os trabalhos nos portos. Já no litoral norte gaúcho, os ventos deverão ter rajadas entre 50 e 70 km/h a partir da tarde.
Por outro lado, conforme o ciclone se desloca para o oceano, uma massa de ar seco surge, trazendo uma semana de Sol e grande amplitude térmica. Entre segunda e terça-feira, a temperatura entra em declínio, com previsão de manhãs mais amenas do que o normal para a época. Em média, a temperatura ficará 5 °C abaixo do esperado para o mês de fevereiro. As manhãs de segunda e terça tendem a ter mínimas que variam de 12 ºC a 14 °C em muitas áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Chuvas em direção ao Centro-Oeste
Além do Sul e Sudeste, a semana também deve contar com céu nublado e chuvas frequentes em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e norte e nordeste do Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações divulgadas pelo Climatempo, a frente fria na região Sudeste deve gerar um grande corredor de umidade que vai provocar chuvas no Centro-Oeste com volumes que devem passar dos 100 mm em várias regiões. Em Goiás e Mato Grosso, os índices devem se aproximar de 300 a 400 mm.
Mesmo nas regiões com volumes mais baixos, o risco à segurança dos habitantes permanece alto, principalmente pelo solo já saturado. Há também alertas para enchentes, deslizamento de terra e transbordamento de rios córregos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.