MG: Zema muda proposta de reajuste a policiais para tentar encerrar motim
O Governo de Minas ofereceu novas condições de reajuste salarial aos servidores da segurança pública, uma forma de tentar colocar fim ao motim da categoria, que teve início em 21 de fevereiro. Além do reajuste de 10,06% retroativo a janeiro de 2022, também foi aumentado o auxílio vestimenta para a categoria.
A recomposição é válida a todo funcionalismo, com o pagamento do retroativo para servidores da Educação, Segurança e Saúde. A medida foi anunciada hoje pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), que enviou à ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) um substitutivo ao projeto de lei que prevê o reajuste salarial dos servidores públicos estaduais.
Com o acréscimo de mais uma parcela do abono fardamento ou auxílio vestimenta para as forças de segurança, passam a ser pagas quatro parcelas nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro - sendo cada uma o equivalente a 40% da remuneração básica do soldado, cerca de R$ 2.000.
Segundo Zema, o novo reajuste proposto foi pensado "dentro das limitações orçamentárias e fiscais do executivo mineiro" e garantiu que o objetivo é fornecer o aumento para todo o funcionalismo público, incluindo servidores ativos, inativos e pensionistas da administração direta e indireta.
"Junto com ampliação de auxílios, o impacto na conta do Estado será de R$4 bilhões/ano. Um esforço mesmo em meio à crise, que desde 2011 não era feito em Minas", escreveu o governador nas redes sociais.
A proposta ainda deve ser analisada pelos representantes das forças de segurança que organizam a greve. Segundo eles, o governo de Minas não cumpriu um acordo de 2019, que previa um reajuste, dividido em três parcelas, com aumento de 41%, e teria concedido apenas uma parte.
Os servidores querem recomposição salarial de 24% para corrigir a perda da inflação. Em um manifesto entregue ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Agostinho Patrus (PV), os agentes calculam uma perda salarial de 50,75% no período de 2015 a 2021.
O UOL procurou a Aspra (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais) para comentar sobre a nova proposta do governo, mas não teve retorno. O texto será atualizado em caso de resposta.
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