'Achava que era um soco', diz aluna esfaqueada por colega em escola de SP
A estudante Anna Beatriz Nascimento, que foi esfaqueada por um colega de sala dentro da escola particular em que estuda na cidade de São Paulo, recebeu alta do hospital após dias internada e falou que a situação vivida por ela na última terça-feira (22) foi "desesperadora".
Ela, que levou oito facadas, não percebeu que tinha sido perfurada pelo objeto cortante na hora do ataque dentro do Colégio Floresta, na zona leste de São Paulo. "Eu senti como um soco. Na hora da adrenalina, eu achava que era qualquer coisa, menos uma faca. Achava que era um soco", afirmou em entrevista ao Fantástico.
A diretora da escola, responsável por levar a adolescente ao hospital, contou ao programa de TV que Anna Beatriz achava ter sido espetada por um objeto escolar. "Ela foi bem lúcida, dizendo 'o menino enfiou uma caneta nas minhas costas'", disse Elotisa Maria Garcia.
Segundo Anna Beatriz, o colega que a agrediu tinha um "olhar desesperado", era tranquilo e não conversava com ninguém em sala de aula. Em depoimento à polícia, o pai do menino disse que ele narrou sofrer bullying dos colegas, o que não foi reconhecido pela aluna agredida ou pela direção da escola.
Em uma carta enviada à imprensa, os pais do garoto, que está na Fundação Casa de São Paulo, informaram que "mesmo sabendo que ele fez uma coisa muito errada, ele tem um coração maravilhoso, é um menino super educado e amoroso".
Os pais da aluna agredida também concordaram que o menino detido precisa de apoio. "Ele é uma criança, ele também é uma vítima e eu me preocupo muito. Ele precisa ser cuidado, acolhido, tratado", disse Glady Xavier, mãe de Anna.
As aulas na escola foram suspensas na terça-feira (22), dia da agressão. Elas serão retomadas amanhã, com funcionamento normal para estudantes do 1º ao 5º ano e com uma programação de acolhimento para pais e alunos do 6º ao 9º ano.
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